A Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes (Abetre) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) firmaram três novos acordos de cooperação técnica, que vão aprimorar os serviços de coleta, tratamento e destinação final do lixo no Brasil. A parceria aborda questões como eliminação dos lixões, recuperação energética, logística reversa e gestão de águas. "Os acordos refletem nosso esforço por buscar soluções ambientalmente adequadas para que a sociedade brasileira tenha a oportunidade de resolver a precariedade sanitária do País", destaca Luiz Gonzaga, presidente da Abetre. A entidade é signatária dos três acordos multidisciplinares que visam proteger o meio ambiente, ao mesmo tempo em que garantem ferramentas para eliminar os lixões e potencializar o desenvolvimento do setor de resíduos.
O MMA e a Frente Brasil de Recuperação Energética de Resíduos (FBRER), criada pela Abetre, juntamente com a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Associação Brasileira do Biogás (ABiogás) e Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE) são signatários do programa "Lixão Zero" criado para potencializar a recuperação energética advinda da gestão correta dos resíduos sólidos por meio da construção de aterros sanitários, obras de engenharia capazes de dar a destinação final para os dejetos. O acordo já mostra resultados: em menos de um ano, cerca de 600 lixões foram desativados no País.
O acordo prevê também o desenvolvimento de uma ferramenta digital para indicar as regiões com maior potencial para investimentos em recuperação energética de resíduos sólidos. O instrumento permitirá a criação de mapas com as áreas com maior potencial de investimento para aproveitamento energético proveniente dos resíduos sólidos. São signatários: MMA e a Frente Brasil de Recuperação Energética de Resíduos (FBRER), da qual a Abetre faz parte.
Além dos dois primeiros, é prevista uma plataforma digital para fornecer dados sobre a qualidade dos efluentes tratados para oferecer mais transparência para os usuários, além de melhorar a orientação de ações de fiscalização pelos órgãos ambientais e agências reguladoras, com instrumentos para verificação das metas de desempenho dos serviços de tratamento de efluentes. Isto permitirá o automonitoramento em tempo integral para a gestão da qualidade da água em todo o País. Faz parte das ações da Agenda Ambiental Urbana, criada com o objetivo de melhorar a qualidade de vida nas cidades, que concentram 85% dos brasileiros, lançada em 2019. São signatários: MMA e Abetre.