Ambipar amplia capacidade de olho na manufatura reversa

30/11/2024
A unidade da Ambipar já processava materiais eletrônicos de pequeno e médio porte e com a expansão e as novas tecnologias implantadas, passa a descaracterizar equipamentos de médio e grande porte

A Ambipar inaugurou a maior planta de mineração urbana da América Latina, com foco na manufatura reversa de eletrônicos e linha branca. Localizada em São José dos Campos (SP), a nova unidade teve a capacidade ampliada de 30 mil toneladas para 80 mil toneladas anuais de eletroeletrônicos. Ao todo, a unidade já recebeu R$ 100 milhões em investimentos. A unidade da Ambipar já processava materiais eletrônicos de pequeno e médio porte e com a expansão e as novas tecnologias implantadas, passa a descaracterizar equipamentos de médio e grande porte, como fogão, máquina de lavar e micro-ondas, além de produtos da linha marrom, azul e verde.

No novo processo de descaracterização são separados sete tipos de matérias-primas :  plástico, ferro, alumínio, cobre, latão, placas eletrônicas e inox, e que são reinseridos no mercado para a fabricação de novos produtos. Em aparelhos onde são armazenados dados sigilosos, como computadores e celulares, todo o processo de manufatura reversa preza por garantir segurança ao cliente, com trituração dos aparelhos nas dimensões de 1 a 8 milímetros e de 10 a 35 milímetros para os demais eletrônicos. Desta forma, os dados são eliminados. Todo o processo de descaracterização é filmado e auditado pelos clientes e Ambipar. “O nosso objetivo é contribuir com a redução da emissão dos gases de efeito estufa na atmosfera e a contaminação do solo. O processo de recuperação e tratamento adequado desse tipo de resíduo permite preservar os recursos naturais e evita a extração de novas matérias-primas necessárias para indústria”, explica Marcelo Oliveira, Head da unidade de mineração urbana da Ambipar Environment.

A expansão da planta está em linha com os desafios da economia circular no Brasil. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) estabelece aos fabricantes e importadores a meta de 17% em 2025 para coleta de produtos de consumidores finais descartados em referência ao volume vendido de produtos em 2018. O Brasil gerou 2,4 milhões de toneladas de lixo eletrônico em 2022, segundo dados do Monitor Global de E-lixo” da Organização das Nações Unidas (ONU).