Brasil atinge marca de 27 GW de potência instalada

02/04/2023
Isto representa 11,6% da matriz elétrica do País.

Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o Brasil atingiu a marca dos 27 GW de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, se somarmos as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos. Isto representa 11,6% da matriz elétrica do País. 

Desde 2012, a fonte solar fotovoltaica já gerou cerca de R$ 134,5 bilhões em novos investimentos, mais de R$ 41,2 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e superou os 811,4 mil empregos acumulados. Com isso,o setor solar fotovoltaico evitou a emissão de 35,8 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade. “O crescimento da fonte solar fortalece a sustentabilidade e pode acelerar anda mais a atração de investimentos, a geração de empregos e renda, a diversificação da matriz elétrica e a liderança internacional do Brasil”, diz Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR. 

A ABSOLAR verificou que a energia solar – em um ano - cresceu aproximadamente 90%, de 14,2 GW para 27 GW. Desde julho de 2022, a fonte solar tem crescido, em média, 1 GW por mês (julho: 16,4 GW, agosto: 17,5 GW, setembro: 18,6 GW, outubro: 21,1 GW, novembro: 22 GW, dezembro: 23 GW, janeiro: 24 GW, fevereiro de 2023: 25 GW e março deste ano: 26 GW e agora, ainda em março, alcança os 27 GW). No segmento de geração própria de energia são 18,8 GW de potência instalada da fonte solar, o que equivale a cerca de R$ 96 bilhões em investimentos, R$ 28 bilhões em arrecadação e mais de 563,2 mil empregos acumulados desde 2012, espalhados pelas cinco regiões do Brasil. A tecnologia solar é utilizada atualmente em 99,9 % de todas as conexões de geração própria no País, liderando com folga o segmento.

O Brasil possui cerca de 8,3 GW de potência instalada em usinas solares de grande porte. Desde 2012, as grandes usinas solares já trouxeram ao País cerca de R$ 38,6 bilhões em novos investimentos e mais de 248,1 mil empregos acumulados, além de proporcionarem uma arrecadação aos cofres públicos que supera R$ 12,8 bilhões. “O Brasil possui um dos melhores recursos solares do planeta, o que abre uma enorme possibilidade para a produção do hidrogênio verde (H2V) mais barato do mundo e o desenvolvimento de novas tecnologias sinérgicas, como o armazenamento de energia e os veículos elétricos”, diz Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR. 

A consultoria Mckinsey reveloiu que o Brasil poderá ter uma nova matriz elétrica inteira até 2040 destinada à produção do H2V. Para isso, o País deverá receber cerca de US$ 200 bilhões em investimentos no período, como geração de eletricidade, linhas de transmissão, unidades fabris do combustível e estruturas associadas, incluindo terminais portuários, dutos, armazenagem.