Brasil ultrapassa a marca de 16 GW nas grandes usinas

04/11/2024
Ao somar centrais eólicas e fotovoltaicas, esse cenário representa um desperdício acumulado de energia limpa de cerca de R$ 1,7 bilhão nos últimos dois anos

A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) divulgou que o Brasil acaba de ultrapassar a marca de 16 GW de potência operacional nas grandes usinas solares. Segundo a entidade, desde 2012, o segmento já trouxe mais de R$ 68,4 bilhões em novos investimentos e mais de 480,5 mil empregos verdes acumulados, além de proporcionar cerca de R$ 22,6 bilhões em arrecadação aos cofres públicos. Atualmente, as usinas solares de grande porte operam em todos os estados brasileiros, com liderança, em termos de potência instalada, da região Nordeste, com 55,5% de representatividade, seguida pelo Sudeste, com 43,4%, Sul, com 0,48%, Centro-Oeste (incluindo o DF), com 0,3% e Norte, com 0,29%.

Os empreendimentos solares têm sofrido cortes recorrentes determinados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), sem nenhum controle e responsabilidade dos empreendedores. Ao somar centrais eólicas e fotovoltaicas, esse cenário representa um desperdício acumulado de energia limpa de cerca de R$ 1,7 bilhão nos últimos dois anos. Para a ABSOLAR, os cortes representam um alerta para a necessidade de modernizar o planejamento e acelerar os investimentos na infraestrutura do setor elétrico, sobretudo em linhas de transmissão e novas formas de armazenar a energia limpa e renovável, gerada em abundância no País. “A fonte solar é parte desta solução e um vetor de geração de oportunidades, novos empregos verdes e renda aos cidadãos”, diz o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia. “O crescimento da energia solar fortalece a sustentabilidade, alivia o orçamento das famílias e amplia a competitividade dos setores produtivos brasileiros, fatores cada vez mais importantes para a economia nacional e para o cumprimento dos compromissos ambientais assumidos internacionalmente pelo País”, acrescenta Sauaia.

Para Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, o crescimento acelerado da energia solar é tendência mundial e colabora para o processo de descarbonização das economias. “O Brasil possui um dos melhores recursos solares do planeta, o que abre uma enorme possibilidade para a produção do hidrogênio verde mais barato do mundo e o desenvolvimento de novas tecnologias sinérgicas, como o armazenamento de energia elétrica, os veículos elétricos e os data centers”, diz Koloszuk.