CNI apresenta propostas a presidenciáveis

05/10/2022
As propostas são voltadas às áreas de transição energética, ao estabelecimento de um mercado de carbono, à conservação florestal e à economia circular.

A Confederação Nacional das Indústrias (CNI) apresentou um conjunto de propostas aos candidatos à presidência da República para promover a economia de baixo carbono no Brasil. As propostas são voltadas às áreas de transição energética, ao estabelecimento de um mercado de carbono, à conservação florestal e à economia circular – esses são os quatro pilares de sustentabilidade da indústria. 

A implementação destas propostas pelo futuro Governo pode contribuir para o cumprimento dos compromissos brasileiros de redução de emissões , além de possibilitar que benefícios inovativos e tecnológicos decorrentes da transição para a economia de baixo carbono sejam aproveitados. Na avaliação da CNI, a tendência mundial é que essa agenda afete o acesso a financiamentos, os investimentos externos e a aceitação dos produtos em mercados internacionais.

O compromisso do Brasil é reduzir as emissões em 37% até 2025 e em 50% até 2030, partindo dos níveis de 2005. “O mundo precisa mudar a forma como consome energia, com a passagem de uma matriz baseada em combustíveis fósseis para uma ancorada em fontes renováveis. Nesse processo, o Brasil sai na frente, pois já conta com uma elevada utilização dessas fontes e vem ampliando o uso de energia eólica, solar e bioenergia”, disse o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. 

As propostas incluídas no Plano Economia de Baixo Carbono são : Transição Energética (fortalecimento da Política Nacional de Biocombustíveis, Instituição de um Marco Regulatório que gere mais segurança jurídica para geração de energia eólica offshores, Incentivo ao uso de hidrogênio e apoio à regulamentação do mercado de Captura e Armazenamento de Carbono (CCS) e Ampliação da recuperação energética a partir de resíduos sólido urbanos (RSU). Na área de Mercado de Carbono a consolidação de um mercado interno regulado, no modelo de Sistema de Comércio de Emissões e Expansão da participação do Brasil no mercado internacional de carbono ; Em Economia Circular, a instituição de uma Política Nacional de Economia Circular e o apoio à incorporação de requisitos de sustentabilidade nas compras públicas. Na última parte, de Conservação Florestal, o plano prevê o fortalecimento da gestão de florestas públicas e a Implementação de instrumentos previstos no Código Florestal, além de acelerar o processo de regularização fundiária.