Desenvolve SP vai gerir fundo para aquisição de equipamentos
A Desenvolve SP vai gerir o Fundo de Aval da Eficiência Energética (FAEE), criado para facilitar o acesso ao crédito e estimular a indústria paulista na aquisição de maquinário mais moderno e eficiente, além da geração de energia elétrica própria, implementando assim a chamada transição energética. O fundo de aval ganhou um aporte inicial de 8 milhões de euros da agência alemã GIZ, especializada em projetos de cooperação tecnológica e de desenvolvimento sustentável em escala mundial.
O FAEE será uma ferramenta que vai ajudar as empresas a adquirir o crédito por meio o PotencializEE - Programa Investimentos Transformadores de Eficiência Energética na Indústria. O programa é uma parceria entre a Desenvolve SP e a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil). O PotencializEE conta também com o apoio do Senai, que vai prestar consultoria especializada às empresas participantes. A estimativa é movimentar mais de R$ 420 milhões em crédito, beneficiando pelo menos 425 indústrias de até médio porte. Uma das estratégias para chegar a este número é reduzir as garantias normalmente exigidas nas operações de crédito. Esta redução foi viabilizada pelo valor aportado da empresa alemã.
De acordo com Ricardo Brito, diretor-presidente da Desenvolve SP, como PotencializEE, depois de passar por uma consultoria do Senai, a indústria vai precisar de 20% de garantia para a aquisição do crédito. Além disso, o programa ajuda na redução dos custos de produção e de consumo de energia, resultando menos emissão de carbono. “Os pequenos e o médios industriais não deixam de trocar máquina porque não querem, mas sim porque precisam de 130%, 150% de garantia para trocar uma máquina. O custo da energia é uma das maiores dores da indústria. As máquinas industriais têm hoje, em média, 20 anos de uso”, afirmou Brito.
Para a secretária Natália Resende, que comanda a Semil, o programa é importante para a descarbonização e eficiência energética. “Estamos dando mais um importante passo para impulsionar a descarbonização almejada e tornar as pequenas e médias indústrias paulistas mais competitivas”. O PotencializEE pode gerar uma economia de mais de sete bilhões de quilowatts-hora no consumo de energia até 2025 e reduzir a emissão de 1,1 milhão de toneladas de CO₂ (gás carbônico).