Iguá investe R$ 250 milhões em dragagem de lagoas
A Iguá anunciou investimento de R$ 250 milhões na dragagem no Complexo Lagunar da Barra e de Jacarepaguá para recuperar os canais naturais de conexão das lagoas com o mar e os espelhos d’água, que hoje se encontram assoreados, devido a décadas de descarte de lixo e esgoto irregulares. Paralelamente a companhia lançou o movimento “Juntos pela vida das lagoas”. Para promover a conscientização da sociedade sobre a importância da preservação do complexo lagunar e como ela está diretamente ligada a bons hábitos que podem ser incorporados no nosso dia a dia. A obra de dragagem terá duração de 36 meses e vai retirar o equivalente a cerca de mil piscinas olímpicas de sedimentos finos do fundo das lagoas para melhorar a qualidade hídrica do Complexo Lagunar.
Para otimizar a destinação do material dragado, parte dele será usado para o preenchimento de cavidades localizadas em alguns pontos das lagoas. Essas cavidades foram criadas devido a retirada de material usado no processo de urbanização da região, e hoje dificultam o fluxo de água e acumulam material orgânico que entra em processo de decomposição, que causa o mau cheiro no local. “O principal objetivo da dragagem é o restabelecimento do fluxo de água das lagoas. Por conta do assoreamento, hoje algumas partes das lagoas possuem apenas 30 cm de profundidade e isso dificulta essa troca com o oceano, o que é o natural. Essa obra é um dos grandes legados que a Iguá vai deixar para toda a cidade. Estamos dando início a um evento histórico”, comenta Lucas Arrosti, Diretor de Operações da Iguá no Rio de Janeiro.
Outra parte do material dragado será aproveitado para criar três novos espaços de manguezal. A Iguá planeja recuperar mais 3 km de margens da Lagoa da Tijuca e plantar cerca de 165 mil mudas de espécies nativas e colaborar com o equilíbrio do ecossistema da região. As novas mudas vão se unir aos quatro hectares de manguezal recuperados pela concessionária desde 2022, com 49 mil mudas já plantadas. Os demais resíduos, considerados lixo, serão destinados para aterros sanitários no Rio de Janeiro, atendendo a todos os requisitos legais e ambientais.
A dragagem é o início de um processo de revitalização do Complexo Lagunar e começará na Lagoa da Tijuca, nas proximidades do Condomínio Península. Por lá, os equipamentos ficarão por cerca de 24 meses. Ao longo dos próximos três anos, a dragagem passará ainda pelas Lagoas de Jacarepaguá, do Camorim e pelos Canais de Marapendi e Joatinga. A concessionária vem realizando encontros com atores estratégicos da sociedade civil para apresentar o projeto e criou um site para atualizar a população, disponível em: www.juntospelavidadaslagoas.igua.com.br.
A iniciativa “Juntos pela Vida das Lagoas” engloba, além da obra de dragagem, outras ações da concessionária que vão contribuir para a redução da carga de efluentes e sedimentos lançados de forma irregular nas águas da região, como a implementação dos Coletores de Tempo Seco (CTS), dispositivos que interceptam o esgoto despejado irregularmente nas galerias pluviais, destinando para a rede coletora formal, e a expansão de rede coletora de esgoto em áreas formais e em comunidades.
A Iguá entregará 26 pontos de CTS em 2024, sendo cinco no Canal das Taxas, no Recreio, e 21 pontos na bacia do Rio Arroio Fundo, localizado na Cidade de Deus. Com essa entrega, a concessionária prevê que 21 milhões de litros de esgoto por dia deixem de chegar aos corpos hídricos, beneficiando diretamente 40 mil pessoas. Em todo o projeto, serão 54 pontos de coleta, a sua maioria próximo a comunidades, retirando 47,5 milhões de litros por dia de efluentes. “A dragagem é uma importante etapa dentro de um conjunto de ações que estamos executando, mas o sucesso da revitalização do complexo lagunar depende de um esforço coletivo. É preciso uma mudança de comportamento, desde a necessidade da conexão correta às redes de esgoto ao consumo consciente e descarte correto de lixo. Em apenas dois anos atuando no complexo lagunar, retiramos quase 200 toneladas de lixo, entre pneus, eletrodomésticos, brinquedos e muito plástico. É um número assustador em um espaço tão curto de tempo”, reforça Lucas Arrosti.