Itaipu e ANM criam sistema para monitoramento e fiscalização
Uma comitiva da Agência Nacional de Mineração (ANM) realizou visita técnica à usina hidrelétrica de Itaipu dia 28 de janeiro como parte da programação de uma série de encontros com a Itaipu Binacional e o Itaipu Parquetec. As reuniões dão continuidade a dois convênios assinados entre as três instituições com o objetivo de aprimorar o monitoramento e a fiscalização das barragens de mineração no Brasil. Atualmente, o Brasil tem 919 barragens de mineração, sendo 468 de grande porte, e para apoiar a fiscalização dessas barragens é necessário um sistema interligado que reúna diversas informações de todas elas.
O Sistema de Monitoramento e Alertas (SMA), criado por meio do convênio, permite o monitoramento e geração de alertas, com base em imagens de satélite e dados dos instrumentos automatizados das barragens da mineração. “Essa plataforma possibilita respostas rápidas a potenciais riscos”, explica o engenheiro Claudio Issamy Osako, da Divisão de Engenharia Civil e Arquitetura da Itaipu. “Além disso, ao automatizar processos e centralizar informações, o SMA oferece maior confiabilidade e eficiência, fortalecendo a fiscalização e promovendo uma gestão ágil”, conclui. Para o superintendente de Segurança de Barragens da ANM, Luiz Paniago Neves, o convênio com Itaipu e Itaipu Parquetec é crucial. “Sem ele, a gente perderia muito em segurança para toda a população. Estamos sempre buscando as melhores práticas e parcerias e sabemos que Itaipu é benchmark mundial em segurança de barragem, por isso, nosso objetivo é manter este convênio”.
O primeiro convênio assinado em 2020 tem validade até dezembro desse ano. Com o aporte de R$ 9,92 milhões da Binacional foi desenvolvida a plataforma SMA pelo Itaipu Parquetec. Também foram contratadas capacitações para 145 profissionais da Itaipu, Itaipu Parquetec e ANM em cinco cursos voltados ao tema. Outros 41 alunos estão cursando uma Especialização em Segurança de Barragens. O segundo convênio dá prosseguimento ao sistema de monitoramento e alertas e, ainda, prevê o levantamento das pilhas de rejeito de mineração existentes no Brasil, juntamente com o cadastro das informações relevantes para seu monitoramento. Atualmente, não existem dados sobre essa forma de armazenar os rejeitos da mineração. Este convênio terá vigência até 2029 e aporte de R$ 8 milhões da Itaipu. Também fizeram parte da comitiva que visitou Itaipu o superintendente executivo da ANM, Júlio Cesar Mello Rodrigues, e o superintendente de Tecnologia da Informação e Inovação, Fábio da Silva Libório Ribeiro.