Lixo espacial: ameaça crescente recai sobre a Terra

14/04/2025
Relatório da Agência Espacial Europeia aponta que detritos orbitais caem diariamente no planeta, impactando o meio ambiente e representando riscos à segurança.

A Agência Espacial Europeia (ESA) divulgou um relatório revelando que, em 2024, aproximadamente 1.200 objetos espaciais reentraram na atmosfera terrestre, com uma média de três ocorrências diárias. Atualmente, cerca de 45.700 detritos maiores que 7,5 centímetros orbitam a Terra, resultado do aumento de lançamentos de satélites e do encerramento da vida útil de equipamentos espaciais.

A reentrada desses fragmentos não apenas representa riscos físicos, como o incidente na Flórida, onde um pedaço de metal perfurou o telhado de uma residência, mas também ambientais. Durante a queima na atmosfera, os detritos liberam óxidos de alumínio e outros poluentes que comprometem a camada de ozônio, agravando as mudanças climáticas.

Atualmente, estima-se que mais de 9 mil objetos ativos estejam orbitando o planeta, e a realização constante de novos lançamentos pode elevar ainda mais esse número. Um dos principais responsáveis por esse aumento é o envio frequente de satélites por empresas privadas, como a Starlink, ligada ao bilionário Elon Musk.

A queda de detritos espaciais na Terra também traz preocupações ambientais. Durante a reentrada na atmosfera, esses materiais liberam substâncias como óxidos de alumínio, que contribuem para a degradação da camada de ozônio e, consequentemente, intensificam os efeitos das mudanças climáticas.

Embora a possibilidade de um fragmento atingir áreas habitadas seja considerada baixa — já que grande parte da superfície do planeta é composta por oceanos e regiões desertas —, ainda existe o risco de danos a residências ou pessoas, como já ocorreu em episódios isolados.