A Petrobras e a Raízen assinaram acordo para avaliar, em conjunto, potenciais negócios envolvendo produção, compra e venda de biometano, combustível 100% renovável e produzido pela Raízen a partir de resíduos da cana-de-açúcar (vinhaça e torta de filtro), gerados na operação agroindustrial dos Bioparques de Energia da companhia.
A parceria prevê ainda estudos para o desenvolvimento de soluções de logística de entrega do biometano, que viabilize sua utilização nas operações de refino da Petrobras. O biometano tem características semelhantes ao gás natural, mas integra uma nova geração de combustíveis sustentáveis (como o diesel R5, com conteúdo renovável, e o BioQAV), em linha com a estratégia de descarbonização da Petrobras e de desenvolvimento de novas oportunidades de negócios com menor intensidade de carbono. “Esse projeto é uma oportunidade de conectar a produção de biometano renovável com a produção de combustíveis e produtos de refino de alta qualidade que, dessa forma, serão obtidos com menores emissões de carbono. A iniciativa reforça nosso compromisso em buscar oportunidades econômicas e sustentáveis que combinem geração de valor e baixo carbono, oferecendo produtos de melhor qualidade e eficientes do ponto de vista ambiental”, disse o presidente da Petrobras, José Mauro Coelho.
O biometano tem potencial para substituir o gás natural, diesel ou GLP e, além disso, reduzir em mais de 90% as emissões diretas de gases de efeito estufa na substituição de combustíveis fósseis. Para a Raízen, a produção de biometano amplia o portfólio de soluções renováveis da companhia, ao mesmo tempo que garante economia e sustentabilidade para os clientes. “Somos uma das empresas pioneiras no uso de resíduos de processos industriais para a produção de energia renovável em escala comercial, aplicando o modelo de economia circular em nossos 35 parques de bioenergia. Acreditamos no potencial da cana para a geração de inúmeras soluções em energia e a produção de biometano é um importante passo para acelerar a transição energética no país”, explicou Ricardo Mussa, CEO da Raízen.