Um estudo desenvolvido na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP) sobre a taboa (Typha domingensis), planta aquática comum em várias regiões do Brasil, pode ser a solução para mitigar os danos ao ambiente no estuário do Rio Doce, distrito de Regência (ES). A região foi uma das atingidas pelo rompimento, em 2015, da Barragem do Fundão, em Mariana (MG), umas das maiores tragédias ambientais brasileiras.
De autoria da engenheira agrônoma Amanda Duim Ferreira, o estudo foi publicado em janeiro de 2022 no Journal of Hazardous Materials e apresenta resultados promissores. “A acumulação de ferro pela taboa e sua possibilidade de remediação são novidades. Além da vantagem por acumular maior quantidade de ferro na parte aérea e possibilitar o manejo de maneira mais fácil, essa planta tem crescimento rápido”, explicou a autora à agência Fapesp. A pesquisa tem a participação ainda dos pesquisadores do Grupo de Estudo e Pesquisa em Geoquímica de Solos da Esalq, com coordenação de Tiago Osório Ferreira, professor do Departamento de Ciência do Solo. A autora fala mais sobre o estudo no podcast Estação Esalq https://anchor.fm/esalq-midias/episodes/Estao-Esalq-992022---Pelo-bem-do-Rio-Doce-e1e41tl.