Celso Athayde, da CUFA, recebe honraria em Davos

14/06/2022
Há mais de 25 anos com atuação na CUFA, Athayde promoveu o empreendedorismo nas favelas e o apoio aos moradores.

Celso Athayde, fundador da Central Única das Favelas (CUFA) e CEO da Favela Holding, recebeu o prêmio do Fórum Econômico Mundial 2022 como Empreendedor de Impacto e Inovação, na cidade suíça de Davos. A honraria é oferecida pela Fundação Schwab. Após dois anos, o evento retornou ao modelo presencial entre os dias 22 e 26 de maio, sob o lema "Trabalhar juntos, Restaurar a Confiança", reunindo empresários sociais e líderes internacionais. 

Athayde colocou em pauta o quarto setor na sociedade com o objetivo, principalmente, de consolidar a economia da favela, sem a aversão ao lucro ou aos “fins lucrativos” que pauta o terceiro setor, e, desta forma, valorizando toda a inovação, cultura e empreendedorismo que esses territórios possuem, quando se fala em agenda econômica. Há mais de 25 anos com atuação na CUFA, Athayde promoveu o empreendedorismo nas favelas e o apoio aos moradores dessas localidades durante a pandemia. Ele executou projetos para amenizar os efeitos do isolamento social nas favelas e periferias de todo o Brasil, impactando mais de 15 milhões de pessoas, por meio das iniciativas CUFA Contra o Vírus - que distribuiu cestas básicas para os moradores -, e a ação Mães da Favela, com a distribuição de bolsa auxílio para mães solo moradoras de favelas. 

O prêmio Empreendedor de Impacto e Inovação é do Fórum Econômico Mundial, realizado há mais de 20 anos pela Fundação Schwab, organização sem fins lucrativos com sede em Genebra, também na Suíça, que tem como missão fornecer uma plataforma global de divulgação de ações socioambientais sustentáveis e inovadoras. As iniciativas lideradas por Athayde renderam a ele o principal destaque na categoria “15 líderes que estão mudando o mundo”. “Cheguei em Davos, mas a favela está junto comigo. Sou apenas uma figura representativa, estou dando voz para 17,1 milhões de pessoas que moram nas favelas de todo o Brasil. Isso só reforça que a favela não é carência, a favela é potência”, diz Celso Athayde.

Com a evolução das ações da ONG que fundou, Athayde criou o grupo Favela Holding, a primeira holding social de que se tem notícia, que visa dar suporte às ações da CUFA. A Favela Holding tem apoio de empresas de diversos segmentos e atividades: desde a comercialização de passagens aéreas e pacotes de viagens para moradores de favelas, passando pela logística de entregas de produtos de beleza em comunidades, realizadas por egressos do sistema prisional, até a maior agência de live marketing das favelas do país. “As necessidades da favela não param: as pessoas sentem fome e não têm o que comer. A gente precisa agir. É isso que me move, é por isso que levanto todos os dias e vou para cima, para poder ajudar quem precisa, e que vou levar para a comunidade de inovadores sociais na Europa”, diz Celso Athayde.

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