A Braskem e Veolia assinaram um acordo de R$ 400 milhões de investimento para produzir energia renovável com o uso de vapor a partir de biomassa de eucalipto na planta de marechal Deodoro (AL). A expectativa é gerar 900 mil toneladas de vapor anuais por duas décadas, o que significará reduzir as emissões em cerca de 150 mil toneladas de CO2 por ano.
O projeto deve iniciar as operações em 2023 e criar 400 empregos diretos na fase de construção e aproximadamente mais 100 postos de trabalho na operação (pós-obra). “Sendo a referência mundial para a transformação ecológica, a Veolia tem o compromisso de aumentar a implementação de soluções sustentáveis existentes e criar as soluções do futuro com nossos clientes. A parceria com a Braskem é a prova disso: duas companhias que se unem para liderar com ações as transformações que o mundo e o país necessitam”, destaca o CEO da Veolia Brasil, Pedro Prádanos.
A nova planta de produção de vapor tem como objetivo promover um avanço da matriz energética para fontes sustentáveis na operação da Braskem em Alagoas. O empreendimento é um trunfo para que a produtora de resinas consiga progredir em dois dos sete macro-objetivos de sustentabilidade: redução de 15% das emissões de gases de efeito estufa até 2030, e alcançar a neutralidade de carbono até 2050. “O projeto de biomassa de eucalipto introduz uma nova forma sustentável de gerar energia renovável dentro das operações da Braskem. Em parceria com a Veolia, iremos contribuir de forma importante com nosso plano de sustentabilidade. Teremos uma redução de um terço das emissões de gases de efeito estufa na nossa operação em Alagoas, com base nas emissões de 2020”, explica Gustavo Checcucci, diretor de Energia da Braskem.
O projeto contribuirá de modo relevante para o desenvolvimento social e regional do Estado de Alagoas, ao criar oportunidades de emprego nas instalações da Braskem e de parceiros em prol da economia de Alagoas. A solução tem foco na sustentabilidade, ecoeficiência e produtividade e visa atender à demanda de vapor necessária para a operação contínua e de alta performance da Braskem. Para atingir esse objetivo, a Veolia será a responsável pelo gerenciamento da maior parte do projeto, incluindo o processo de gestão agroflorestal de mais de 5.5 mil hectares de eucalipto, a concepção do projeto de engenharia e a construção das usinas de processamento de biomassa e de produção de vapor, além da operação e manutenção de toda a instalação durante os 20 anos do contrato. A Braskem realizará investimentos internos para adequar o complexo de Marechal Deodoro ao novo arranjo termoelétrico.
Além disso, a Veolia implantará o Hubgrade, solução da empresa que integra ferramentas digitais e expertise humana para monitorar e analisar em tempo real a operação. O projeto garante a otimização da performance e melhoria contínua no desempenho das instalações e no consumo energético. “Ao cumprir com a demanda de vapor necessária para o funcionamento ininterrupto de seus processos de produção, este projeto atenderá às necessidades de operação e, ao mesmo tempo, aos desafios de sustentabilidade em gestão de energia da Braskem”, finaliza o CEO da Veolia Brasil.