A RHI Magnesita reaproveitou 42 mil toneladas de resíduos refratários em 2021, um aumento de 120% quando comparado ao ano anterior. O resultado corresponde a 39,25% do volume de resíduos gerados no país anualmente e representa um recorde para a companhia. A meta global da companhia é chegar a 2025 com 10% da produção sendo feita a partir da reciclagem. “Nossa estratégia de reciclagem compreende três elementos-chave: estabelecimento de soluções on-site de reciclagem para refratários usados nas instalações dos clientes, instalação de unidades de reciclagem em nossos próprios locais de produção e desenvolvimento de receitas que incluem conteúdo reciclado em uma ampla variedade de produtos”, explica Mario Lopez, Head de Reciclados da RHI Magnesita para as Américas.
Com as 42 mil toneladas reutilizadas, a RHI Magnesita torna-se responsável pelo reaproveitamento de cerca de 40% das 107 mil toneladas de resíduos de refratários produzidos no Brasil anualmente. “Os investimentos constantes em processos de reciclagem são fundamentais para garantirmos uma longevidade sustentável para a empresa”, afirma Lopez. Outro destaque é a Taxa de Reciclagem - calculada a partir da proporção do consumo de insumos reciclados e de matéria-prima natural. No quarto trimestre de 2021, o índice chegou a 9%, o melhor já registrado pela empresa. Para 2022, o objetivo é alcançar 11%. A RHI Magnesita já investiu R$ 5 milhões desde 2019 para soluções nessa área.
A partir do reaproveitamento de resíduos, a RHI Magnesita deixou de lançar 47 mil toneladas de CO2 na atmosfera, volume que equivale à emissão gerada pela circulação de 10.022 veículos leves durante um ano ou ao consumo anual de energia elétrica de 8.537 residências, algo como uma cidade de 20.000 habitantes. Com esta política de reciclagem a RHI Magnesita reduz a necessidade de extração e queima de minérios, atividades que têm uma pegada de carbono mais acentuada.
A RHI Magnesita mantém uma unidade dedicada à reciclagem de refratários em Coronel Fabriciano (MG). Um projeto implantado nessa fábrica em 2021 foi reconhecido como um dos melhores do País em melhoria contínua. A iniciativa conseguiu aumentar em 114% a produtividade dos colaboradores que atuam na avaliação e seleção dos resíduos captados.
O projeto implantado ofereceu melhorias na ergonomia do processo de seleção, na qualidade do material comprado, na formação de clusters no estoque, no incremento de capacidade de processos e na sincronia da cadeia. “Começamos esses estudos no final de 2019, esforço que reuniu uma equipe multidisciplinar. A estratégia foi a implantação de Lean Manufacturing por meio de ferramentas de mapeamento de processos, análise de causas e ferramentas estatísticas, com avaliação de aspectos de segurança e logística para chegar a esse resultado”, explica Fernanda Silveira, gerente de operações para reciclados da RHI Magnesita e coordenadora do projeto.
A RHI Magnesita recebe os recicláveis de clientes como siderúrgicas e cimenteiras, que usam refratários nas linhas de produção. As peças são substituídas periodicamente, o que gera os resíduos. Os volumes captados passam por etapas de seleção, limpeza e britagem para serem reutilizados como matéria-prima. A companhia também atua internamente para dar a melhor destinação aos resíduos gerados nas operações próprias, caso da recuperação dos tijolos refratários dos fornos de Brumado (BA) e da planta chilena, bem como da recuperação de coprodutos e resíduos da unidade de Ponte Alta (MG). De acordo com estudos realizados pela RHI Magnesita, o Brasil produz cerca de 107 mil toneladas de resíduos refratários anualmente. Desse total, 89 mil toneladas são provenientes da indústria do aço, sendo que Minas Gerais é líder na geração desses resíduos, representando 70% da geração no Sudeste.