4,4 milhões de brasileiros não têm banheiro nas residências
Segundo estudo do Instituto Trata Brasil, o Brasil possui soluções para aprimorar os serviços de saneamento em áreas vulneráveis. “O saneamento traz a possibilidade de uma vida digna, um futuro melhor para as pessoas. O acesso pleno ao saneamento tiraria 32,7 milhões de extrema pobreza”, pontuou Luana Pretto, presidente-executiva do Instituto Brasil, durante apresentação do estudo na IFAT Brasil, Feira Internacional para Água, Esgoto, Drenagem e Soluções em Recuperação de Resíduos, encerrada no último dia 26 de abril.
O Trata Brasil indicou que 50 milhões de pessoas não recebem água todos os dias e cerca de 4,4 milhões de brasileiros não possuem banheiro em suas residências. Ainda de acordo com o relatório, as pessoas que mais sofrem com essa situação de vulnerabilidade são jovens com menos de 20 anos, autodeclarados pretos, pardos e indígenas. A renda familiar é de até R$ 2.400,00, com baixa escolaridade, vivendo em casas que foram construídas de forma precária, na cozinha não há água tratada e o lixo é queimado no quintal.
A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (MG) realizou um trabalho para diminuir a situação de vulnerabilidade no estado, que incluiu uma série de iniciativas, desde governança corporativa com líderes de comunidades, passando por capacitação de jovens e informações sobre a importância dos recursos hídricos em escolas. Já a Tigre mostrou que a inovação pode contribuir para melhorar a situação em locais de grande vulnerabilidade, sendo a descentralização o caminho. Nesse sentido, a disrupção do modelo de atendimento é importante, pois um modelo multifamiliar, por exemplo, pode reduzir custos operacionais. A empresa conta com uma tecnologia que possibilitou o atendimento de mais de 30 residências com um custo menor e promovendo a recuperação de córregos na região.