A Ambipar, KPMG e a One Earth apoiam a revisão da Norma de Biodiversidade (GRI 304) do Global Reporting Initiative (GRI). O desenvolvimento de um padrão atualizado de biodiversidade para relatórios de sustentabilidade é considerado necessário, já que a crise referente ao tema mostra que as corporações precisam assumir as responsabilidades por seus impactos no mundo.
Um financiamento de R$ 920 mil vai possibilitar um projeto especial no âmbito do Global Standards Fund, permitindo que a GRI inicie os planejamentos para a iniciativa. Juntas, Ambipar, KPMG e One Earth, além de doador individual privado, comprometeram-se a apoiar O GRI, resguardando a neutralidade do processo de definição das Normas GRI.
O Global Sustainability Standards Board (GSSB), órgão independente responsável pela definição das Normas GRI, identificou como prioridade em seu plano de trabalho 2020-2022 a revisão da Norma GRI 304: Biodiversidade (2016). Com os recursos iniciais agora garantidos, o processo e o cronograma de atualização da GRI 304 serão divulgados oportunamente pelo GSSB. Todos os arranjos de financiamento aderem ao devido processo do GSSB (GSSB Due Process), o que garante que as Normas sejam desenvolvidas de forma independente e transparente, servindo ao interesse público.
A diretora de sustentabilidade da Ambipar, Onara Lima, disse que a companhia está comprometida com práticas que viabilizam a economia circular para redefinir o futuro comum e utilizar as Normas GRI pela credibilidade, imparcialidade e confiança nos seus processos. “Acreditamos que, por meio da implantação das Normas GRI, é possível materializar nossas metas e indicadores ESG reconhecidos mundialmente, possibilitando uma comunicação transparente com nossos stakeholders. Por essa razão e por acreditarmos na importância da biodiversidade para o planeta, responsabilidade de todos nós, apoiamos a nova Norma GRI da Biodiversidade”, afirma.
Para o Chief Development Officer da GRI, Marco van der Ree, o planeta e as organizações sofrem com a perda da biodiversidade, mas organizações são financeiramente afetadas de várias maneiras. “De fato, uma pesquisa recente da Swiss-Re descobriu que 55% do nosso PIB global depende de ecossistemas que funcionem bem. Portanto, o incentivo para que as empresas contribuam para soluções globais nunca foi tão grande. Compreender seus impactos é o primeiro passo em direção a esse objetivo”, diz. O Conselho das Normas Globais de Sustentabilidade (da sigla em inglês GSSB) revisa e atualiza regularmente as Normas para que reflitam as práticas globais líderes em relato de impacto socioambiental. “Sou grato aos quatro financiadores iniciais por contribuírem para uma nova Norma da Biodiversidade, que iluminará os desafios urgentes que enfrentamos”, comenta Marco.
As Normas GRI são disponibilizadas como um bem público gratuito, oferecendo uma linguagem comum global para o diálogo sobre impactos sociais, ambientais e econômicos. Ainda assim, são necessários financiadores para permitir que a GRI conclua o custoso processo de pesquisa, desenvolvimento e entrega de uma Norma da Biodiversidade revisada.