O governo argentino declarou estado de emergência hídrica por 180 dias na região da bacia do rio Paraná, em função dos "impactos e consequências que a seca está gerando nos rios Paraná, Paraguai e Iguaçu, sendo a mais importante dos últimos 77 anos”.
O presidente Alberto Fernández declarou o estado de emergência para as províncias de Formosa, Chaco, Corrientes, Santa Fé, Entre Ríos, Misiones e Buenos Aires. O decreto instruiu diferentes áreas do governo a adotarem medidas para "mitigar as consequências da grave situação gerada pela canalização". A atual situação do rio Paraná tem afetado as exportações de grãos da Argentina, pois o rio é responsável por cerca de 80% dos embarques agrícolas do país.
No Brasil, onde nasce o rio Paraná, a estiagem reduziu a quantidade de carga que pode ser transportada por navios no auge da temporada argentina de exportação de milho e soja. O déficit de chuvas nas bacias brasileiras do rio Paraná e do rio Iguaçu foram fatores determinantes para a maior seca do rio em 77 anos, segundo o governo argentino.