Ban Ki-moon diz que não há ‘Plano B’
Na noite de abertura da ‘Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias’, o 8º secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon traçou um paralelo entre a atual situação do clima do planeta e as metas estabelecidas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). “Nosso planeta está em chamas, uma vez que a crise climática está se agravando com o aumento das temperaturas, do nível do mar, incêndios. Tudo isso destaca a interconexão que existe entre todos os seres. Ninguém vive numa ilha e esses eventos deixaram claro que precisamos de soluções colaborativas para enfrentar os problemas que agora enfrentamos. Tais soluções precisam estar centradas no aprimoramento da sustentabilidade, da saúde e da segurança para todas as pessoas em todos os lugares”. O evento está acontecendo no Hangar Centro de Convenções & Feiras da Amazônia, em Belém (PA).
Para Ban Ki-moon, nos últimos anos foi possível constatar uma redução de 50% da taxa de mortalidade infantil e em 45% do óbito materno, mas ainda há muito trabalho a ser feito. “Se não agirmos agora, a sobrevivência da humanidade estará em grande perigo. No cerne dessa questão, não há outro caminho a não ser reduzir drasticamente as reduções de carbono no nosso planeta”, alertou.
Ban Ki-moon disse ainda que os países não têm um Plano B para proteção do planeta, uma vez que não existe um planeta B. “Há milhões de estrelas, mas, até agora, os seres humanos não conseguiram descobrir outro planeta; este é o único onde temos oxigênio, água e tecnologia”, ponderou. “Temos que assegurar que nossa Terra deve ser mantida de forma sustentável e próspera”. Durante sua fala, Ban Ki-moon ainda fez um balanço dos dez anos em que permaneceu à frente das Nações Unidas, onde destacou as ações de combate à fome, à pobreza e, principalmente, de empoderamento e desenvolvimento de meninas e mulheres. “A luta pela igualdade de gênero foi a prioridade que me orientou. Por isso, criamos a ONU Mulheres”, citou.
No encerramento, o 8º secretário-geral da ONU encorajou os presentes a colaborarem para a construção de um planeta melhor, ainda que isso signifique atravessar mares, fronteiras, gerações. “Isso impulsionará a sustentabilidade e a ação coletiva em um mundo cada vez mais fragmentado”, concluiu.