Financiamentos crescem 6,5% em 2024 e somam R$ 32,5 bilhões

19/08/2025
Os investimentos são voltados para promover o fomento da geração de eletricidade com as tecnologias eólica e fotovoltaica, entre públicas, privadas, cooperativas de crédito e fintechs.

Um estudo recente da consultoria CELA (Clean Energy Latin America) mostrou que o volume de financiamento via instituições financeiras e mercado de capitais para a geração de renovável no Brasil, tanto em grandes usinas centralizadas quanto em pequenos sistemas em telhados e terrenos, atingiu a marca de R$ 32,5 bilhões em 2024, um aumento de 6,5% ante os R$ 30,5 bilhões verificados no ano anterior.

Os investimentos são voltados para promover o fomento da geração de eletricidade com as tecnologias eólica e fotovoltaica, entre públicas, privadas, cooperativas de crédito e fintechs. Houve queda dos créditos para as usinas eólicas de grande porte (geração centralizada) de quase 30% no último ano, com R$ 8,7 bilhões destinados aos empreendimentos, contra os R$ 12,2 bilhões no exercício anterior, enquanto os financiamentos para energia solar subiram 30%, saltando de R$ 13,3 bilhões em 2023 para R$ 23,8 bilhões em 2024. Os financiamentos para sistemas de geração própria de energia solar em telhados (geração distribuída) cresceram 47% em 2024, com R$ 6,9 bilhões aplicados no ano, enquanto as usinas solares remotas de geração distribuída (geração compartilhada e autoconsumo remoto) tiveram recursos de R$ 5,6 bilhões, um crescimento de quase 8%.

“O volume de financiamento para energia solar cresceu de forma significativa em 2024, com uma participação e crescimento relevante de captações no mercado de capitais, via emissão de debêntures e de CRIs (certificados de recebíveis imobiliários), diz Camila Ramos, CEO da Clean Energy Latin America (CELA). O volume de financiamento para energia eólica caiu de forma significativa, com queda expressiva nos financiamentos via BNDES e BNB. Os financiamentos via mercado de capitais representaram 43% de todo financiamento para renováveis em 2024, os bancos de desenvolvimento outros 32%, e os bancos privados 25% do total no ano.