Leilão vai definir investimentos de quase R$ 20 bilhões no Pará
Com leilão marcado para a próxima sexta-feira, dia 11 de abril, a concorrência pública para escolher as empresas que vão assumir os serviços de água e esgoto em 126 dos 144 municípios do Pará definirá um investimento de R$ 18,8 bilhões, para beneficiar 5,3 milhões de pessoas que vivem naquele estado. Segundo estudos da ABCON Data, serviço de informações sobre o saneamento e o marco legal do setor, disponibilizado pela ABCON SINDCON, a expectativa da entidade é que haja concorrência para arrematar o direito de concessão aos quatro blocos definidos para irem a leilão. O edital determina que 30% dos usuários terão direito à tarifa social.
Para a diretora-executiva da entidade, Christianne Dias, o leilão do Pará sinaliza uma retomada em investimentos em saneamento na região Norte, que possui os piores indicadores de atendimento no país (menos de um terço dos domicílios, 32,7%, tem acesso à rede de esgoto, de acordo com o último levantamento do PNAD Contínua IBGE). Christianne recorda que o leilão do Pará é a primeira concorrência de grande porte para a região desde setembro de 2021, quando aconteceu o certame para a concessão dos serviços no Amapá. O leilão de Rondônia também saiu do papel e está em fase de consulta pública, enquanto o BNDES promove road show sobre a modelagem realizada para o projeto. “O impacto social de um investimento desse porte é enorme. O Pará deve avançar para cumprir a meta de universalização dos serviços de água e esgoto, estipulada para 2033, de acordo com o marco legal do setor”, analisa a diretora da ABCON SINDCON. Outra região com elevado déficit de atendimento em rede de esgoto, o Nordeste também avançará com leilões previstos para 2025, como o de Pernambuco, a maior concorrência aguardada pelo setor este ano, com R$ 18,9 bilhões de investimentos previstos.