Lucro líquido da Aegea alcança R$ 682 milhões no semestre

13/08/2024
É um aumento de R$ 439 milhões em relação ao mesmo período do último ano

A Aegea Saneamento registrou lucro líquido de R$ 682 milhões no 1º semestre de 2024, um aumento de R$ 439 milhões em relação ao mesmo período do último ano. Ampliando a visão para o ecossistema de empresas geridas pela Companhia, que inclui a Águas do Rio, a receita líquida pro-forma do ecossistema Aegea atingiu R$ 7,8 bilhões até junho de 2024, um crescimento de 62,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. O EBITDA Proforma atingiu R$ 3,5 bilhões no semestre, uma expansão de 73,9% em relação aos seis meses iniciais de 2023, devido à evolução na performance das concessões, incluindo Águas do Rio, e à aquisição da Corsan. 

Nos últimos doze meses terminados em junho de 2024, a Aegea investiu R$ 5,7 bilhões em investimentos, valor R$ 3,5 bilhões superior ao mesmo período do ano anterior, sendo que esta expansão decorre do início de novas operações e dos investimentos em aumento de coberturas de água e esgoto, melhorias operacionais e redução de perdas nos mais de 500 municípios operados pela Companhia. “Mais uma vez reportamos sólidos resultados, com evolução no desempenho operacional e financeiro, decorrente da expansão do nosso portfólio e dos investimentos nas regiões por nós atendidas. Nosso crescimento tem sido fundamentado na disciplina financeira, na implementação de melhorias operacionais com captura de sinergias e geração de valor para nossos stakeholders, impulsionando, desta forma, nosso crescimento de forma sustentável”, afirma André Pires, CFO da Aegea.

Nos últimos anos, a Aegea tornou-se uma plataforma de investimentos no setor de saneamento, atraindo capital de forma estruturada para suportar a expansão dos seus negócios. A governança dos negócios da empresa inclui o estudo diligente e minucioso de projetos pautados pela disciplina financeira e pelo Modelo Operacional Aegea. No primeiro semestre, a empresa deu continuidade à desalavancagem combinada com a extensão do prazo médio do endividamento. A empresa encerrou o período com alavancagem societária, medida pela relação Dívida Líquida/EBITDA, de 2,47x, valor significativamente inferior ao limite de 3,5x dos covenants mais restritivos dos seus contratos de financiamento. Um ano atrás, este mesmo indicador estava em 3,21x. Ampliando a visão para o Ecossistema Aegea, ou seja, considerando a Águas do Rio e a Parsan, que não são consolidadas nas Demonstrações Financeiras, a companhia fechou o 1º semestre de 2024 com alavancagem de 3,71x, sendo que no ano passado o mesmo indicador estava em 4,03x.

Por meio de operações de financiamento de longo prazo e com fontes diversificadas, incluindo a reabertura dos Bonds com vencimento de 2031 no mercado internacional, a Aegea ampliou o prazo do endividamento para 7,3 anos, o que se compara a 2,6 anos no segundo semestre do ano passado, demonstrando as iniciativas de gestão de passivos da companhia.

No segundo trimestre, o ecossistema de empresas geridas pela Aegea atingiu a marca de 13,4 milhões de economias, 5,0 milhões a mais que no ano anterior. São 3,2 milhões de novas economias de água e 1,8 milhão de novas economias de esgoto. Desta forma, cerca de 8,9 milhões de pessoas passaram a ser atendidas pela Aegea com serviços de água, enquanto aproximadamente 4,9 milhões de pessoas passaram a ser atendidas com serviços de coleta e tratamento de esgoto prestados pela companhia. O volume faturado proforma atingiu 1,1 bilhão de metros cúbicos nos seis primeiros meses de 2024, um crescimento de 40,4% ou 309,1 milhões de metros cúbicos em relação ao ano anterior. A aquisição da Corsan e o início de novas operações foram responsáveis por 83% do crescimento. As demais concessões da Aegea e a Águas do Rio foram responsáveis por 17% do crescimento.

As chuvas severas que afetaram o Rio Grande do Sul prejudicaram as operações da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) e causaram desabastecimento em alguns municípios gaúchos decorrente, principalmente, do alagamento de sistemas operacionais, somado à falta de energia elétrica, que interrompeu o funcionamento de bombas e outros equipamentos. No momento mais crítico, 906 mil imóveis sofreram com a interrupção dos serviços de abastecimento em 67 municípios. Por meio de uma força tarefa que contou com a contratação de geradores, instalação de reservatórios, perfuração de poços, instalação de estruturas de captação flutuantes, dentre outras medidas, em menos de 10 dias a Corsan retomou os serviços para mais de 700 mil imóveis em 52 municípios e, em 24 de maio, retomou a pleno as operações em todos os municípios atendidos.

A Corsan lançou também o Programa de Apoio aos impactados pelos eventos climáticos nas regiões atendidas pela companhia. Para as famílias que tiveram seus imóveis atingidos pelos alagamentos, a empresa concedeu isenção do pagamento das tarifas de água, esgoto e serviço básico por dois meses a partir de maio. Para aquelas incluídas na Tarifa Social, a isenção é maior, se estendendo por seis meses, ou seja, até outubro. Para os consumidores que tiveram desabastecimento contínuo, mas não tiveram seus imóveis alagados, foi concedido um mês de isenção na tarifa de serviço básico de saneamento. Essa medida alcança 1,2 milhão de imóveis ou mais de 2,7 milhões de pessoas em mais de 60 municípios. A Aegea ressalta que as apólices de seguros da Corsan são suficientes para cobrir os custos e despesas relacionados às enchentes, sendo a apólice de seguro de Riscos Operacionais com uma cobertura de R$ 231 milhões e a de Responsabilidade Civil com uma cobertura de R$ 50 milhões. O processo de regulação de seguros já está em andamento.