Manaus sofre com queimadas e falta de monitoramento
O Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) divulgou nota sobre a fumaça que cobriu a cidade de Manaus recentemente. “A cidade de Manaus mais uma vez esteve envolta em fumaça provavelmente decorrente de queimadas. Infelizmente, a capital manauara não tem monitoramento da qualidade do ar sob a gestão de um órgão ambiental na esfera pública”, diz David Tsai, gerente de projetos do IEMA, que assina o manifesto.
No Brasil, os estados devem monitorar o ar e divulgar informações para a população para que os demais tomadores de decisão, em conjunto, busquem medidas para reduzir a poluição. “Em momentos críticos como o ocorrido, há necessidade de ações para mitigar os impactos à saúde humana e ao meio ambiente”. As resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), órgão responsável por propor diretrizes ambientais, indicam que todos os estados são responsáveis por monitorar os poluentes, como partículas totais em suspensão (PTS), fumaça (FMC), partículas inaláveis (PI10) – ou material particulado (MP10) –, dióxido de enxofre (SO2), monóxido de carbono (CO), ozônio (O3) e dióxido de nitrogênio (NO2 ). Além disso, o Conama determina limites para a poluição do ar. “Porém, falta iniciativa política para o estabelecimento desse monitoramento, lembrando que inexiste sanção em caso de inadequação às resoluções do Conama”.
A nota termina citando que é urgente à criação de um plano nacional para o monitoramento da qualidade do ar, destinando recursos para custear essas redes de monitoramento. “Além disso, é necessário dispor e capacitar os técnicos da administração pública, a divulgação dessas informações e, acima de tudo, ter ações para reduzir a poluição do ar”.