Mercado de hipoclorito de sódio deve crescer 5% até 2032

15/07/2024
O hipoclorito de sódio é um produto químico, esterilizador, germicida, oxidante e desinfetante e é utilizado tanto no tratamento de água

A Allied Market Research realizou pesquisa, divulgada em 2020, que indicava crescimento do mercado de hipoclorito de sódio a uma taxa de 4,7% ao ano, pelos dez anos seguintes. Com o aumento de demanda por alvejantes das indústrias têxteis e de celulose e papel, bem como da indústria médica – que faz uso do hipoclorito de sódio para desinfecção de instrumentos cirúrgicos e quartos de hospital – as perspectivas já eram positivas. Agora, dados da Fortune Business Insights mostram que o tamanho desse mercado global está crescendo acima do esperado, devendo encerrar 2024 em US$ 315,2 milhões e atingir uma taxa de crescimento anual de 5% até 2032.

O hipoclorito de sódio é um produto químico, esterilizador, germicida, oxidante e desinfetante e é utilizado tanto no tratamento de água e esgoto, quanto na criação de soluções de limpeza para fins veterinários, de processamento de alimentos e eliminação de odores. Também as indústrias têxtil e de papel e celulose utilizam o produto como um agente de branqueamento. José Rosenberg, diretor-presidente da Katrium Indústrias Químicas, afirma que o aumento da conscientização da sociedade sobre a necessidade de desinfecção regular e adequada de escritórios, banheiros públicos, shopping centers e complexos residenciais  fez crescer a demanda por hipoclorito de sódio, além de contribuir para impulsionar o crescimento do mercado. “O alvejante também é amplamente utilizado na indústria doméstica para produtos como detergentes, limpadores de superfície, produtos de limpeza, sabonetes para as mãos, desinfetantes e alvejantes coloridos”.

 Na opinião de Rosenberg, até mesmo a ocorrência de desastres naturais acaba impactando a indústria de hipoclorito de sódio, já que depois de enchentes e deslizamentos de terra é preciso uma limpeza acurada para evitar a propagação de doenças. Dados apurados pela EOS Analytics junto ao Centro Nacional de Desastres indicam que o Brasil registrou um número recorde de desastres naturais em 2023. Houve mais de mil casos registrados devido às mudanças climáticas, principalmente enchentes e desmoronamentos. Ainda segundo o estudo, a frequência e a severidade das inundações têm aumentado globalmente, devido à tendência de urbanização, industrialização e extração de recursos naturais. Em 2023, esse tipo de desastre natural atingiu quase todas as partes do mundo, com alguns dos piores episódios ocorrendo no Congo, Chile, Estados Unidos e Brasil. “O hipoclorito de sódio é fundamental para o tratamento de água, já que o cloro age sobre vírus e bactérias. Sendo assim, a demanda crescente por esse produto também pode ser associada ao aumento populacional e à urbanização em regiões em desenvolvimento”, diz Rosenberg.