MMA quer gestão da qualidade do ar

19/08/2023
O objetivo é realizar um diagnóstico do monitoramento do ar no País para subsidiar uma uma estratégia nacional de ação

Representantes do Governo Federal e do Environmental Defense Fund (EDF ou Fundo de Defesa Ambiental, em tradução livre) reuniram-se dia 14 de agosto no Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), em Brasília, para debater a cooperação em monitoramento e gestão da qualidade do ar no Brasil. “Essa agenda é uma das mais importantes diante das crises ambientais pelas quais passamos. Está fortemente ligada à qualidade de vida das pessoas”, afirmou o secretário Nacional de Meio Ambiente Urbano e Qualidade Ambiental (SQA), Adalberto Maluf, que abriu a reunião.
O objetivo é realizar um diagnóstico do monitoramento do ar no País para subsidiar uma uma estratégia nacional de ação. Thaianne Fábio, diretora de Qualidade Ambiental do MMA, e Cayssa Marcondes, diretora substituta, apresentaram as ações que o MMA realiza na Agenda Nacional de Qualidade do Ar, com destaque para o Projeto da Rede Nacional de Qualidade do Ar. 

Os representantes vão conhecer estações de monitoramento, estrutura e iniciativas de governos estaduais, municipais e outras instituições que monitoram e pesquisam a qualidade do ar no país. O diretor sênior de Política e Iniciativa Mundial de Ar Limpo do EDF, Sergio Sanches, afirmou que o controle da poluição do ar é uma medida fundamental para mitigar os efeitos da mudança do clima. Ele se disse "esperançoso com os bons resultados que surgirão dessa parceria com o governo brasileiro”. 
A qualidade do ar na Amazônia e no Cerrado está na agenda de cooperação, pois os dois biomas sofrem constantemente com a piora na qualidade do ar devido aos focos de queimadas. A biodiversidade e a saúde das pessoas de vários municípios da Amazônia apresentam os piores indicadores atmosféricos do País durante a temporada de incêndios criminosos. 

A poluição do ar em ambientes externos provoca a morte de mais de 50 mil pessoas por ano no Brasil, um desafio ambiental e de saúde pública reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Participaram, do lado brasileiro, os Ministérios da Saúde, Ciência, Tecnologia e Inovação, Agricultura, Transportes, Ibama e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), além do MMA. Durante a semana, a missão técnica coordenada pelo MMA se reúne também com dirigentes de órgãos ambientais estaduais de São Paulo, Distrito Federal, Goiás, Pernambuco, Bahia, Paraíba e Ceará, além de representantes da sociedade civil e pesquisadores.