Segundo a diretora da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Carissa F. Etienne, a existência de riscos ambientais como poluição do ar, saneamento/sistema de esgoto inadequado e eventos climáticos extremos, que são responsáveis por cerca de um milhão de mortes prematuras nas Américas, tornando necessária a adoção de políticas e intervenções focadas em equidade.
Carissa afirma que as pessoas que vivem em condições precárias de habitação, situação de pobreza e os povos indígenas correm maior risco devido a eventos climáticos mais severos e são mais propensos a não ter capacidade de mitigação de riscos ambientais ou de saúde. A diretora da OPAS destacou que não apenas os eventos climáticos extremos podem aumentar a prevalência de doenças e causar lesões e mortes, mas a mudança climática também pode afetar a saúde devido à insegurança alimentar e hídrica, migração e impacto na saúde mental. “Não se enganem sobre isso, as mudanças climáticas podem atrapalhar a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e da saúde universal”, disse a diretora. “Precisamos garantir que as iniciativas, políticas e intervenções sejam centradas nas pessoas, alcance a todos, independentemente de onde residam”, acrescentou.
À medida que as Américas iniciam o longo caminho para a recuperação da pandemia de COVID-19, Carissa pede que países pensem nas “milhões de pessoas que foram deixadas para trás” devido à falta de acesso às vacinas contra a COVID-19. “Devemos fazer esforços extraordinários para garantir que os mais desfavorecidos e vulneráveis não sejam deixados para trás ou deixados de fora da agenda de mudanças climáticas e saúde.”