Os 3R’s como destino final de embalagens

07/03/2022
O Brasil foi o que registrou maior apoio a essas práticas, empatado com China, Grã-Bretanha e México.

Segundo pesquisa realizada pela Ipsos, em parceria com o movimento Plastic Free July, em 28 países, as embalagens plásticas devem ter como destino final os 3 R’s  - Redução, reutilização e reciclagem. O Brasil foi o que registrou maior apoio a essas práticas, empatado com China, Grã-Bretanha e México – todos com 90%. Os menores índices foram identificados entre os entrevistados no Japão (72%), Arábia Saudita (79%), Coréia do Sul (79%) e Rússia (79%).  A média global é de 85%.

Para a maior parte dos consumidores de todos os países envolvidos na pesquisa, quanto menos plástico nas embalagens dos produtos, melhor. Os consumidores que mais afirmaram esse desejo são da China (92%), México (92%) e Colômbia (92%). O Brasil ficou em 6º lugar, com apoio de 86% dos respondentes, acima da média global (82%). Mesmo os países que ficaram nas últimas posições neste ranking registraram índices acima de 50%: Japão (56%), Estados Unidos (71%) e Holanda (73%). Em relação ao uso de plásticos de uso único (aqueles que possuem vida útil muito curta), 79% dos brasileiros afirmaram que este tipo de embalagem deveria ser banida. É o décimo maior nível de concordância entre as 28 nações que participam da pesquisa e está acima da média global (75%). Os maiores índices foram registrados entre os respondentes da Colômbia (89%), México (88%) e Chile (88%). Os menores, entre os do Japão (37%), Estados Unidos (55%) e Canadá (66%). 

Em média, 88% das pessoas pesquisadas nos 28 países acreditam que é essencial, muito importante ou bastante importante haver um tratado internacional para combater a poluição por plástico. Entre os brasileiros, o nível de apoio à medida é ainda maior: 92%. México (96%), Peru (95%) e China (95%) registraram os maiores índices de concordância com a viabilização de um tratado internacional sobre a questão. Japão (70%), Estados Unidos (78%) e Canadá (79%), apesar dos índices significativos, estão distantes de um apoio massivo.
“Os dados comprovam que a maioria da população enxerga com bastante nitidez os prejuízos do uso excessivo deste tipo de material e que boa parte mudou ou está disposta a mudar seus hábitos de consumo neste sentido”, afirma o CEO da Ipsos no Brasil, Marcos Calliari. Para ele, os resultados evidenciam um consenso global sobre a utilização dos plásticos de uso único. Calliari comenta que o alto número de pessoas propensas a apoiar a existência de um tratado internacional sobre a questão – beirando a unanimidade em países da América Latina e dos BRICS – revela ainda uma outra percepção comum à maioria dos entrevistados nos 28 países. “As pessoas enxergam o problema como algo global e que demanda soluções coletivas”, afirma.  

A Ipsos e o movimento Plastic Free July realizaram pesquisa on-line entre 20 de agosto e 3 de setembro de 2021, com 20.513 entrevistados, dos quais aproximadamente 1.000 no Brasil. A margem de erro é de 3,5%. Além do Brasil, participaram da pesquisa: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Bélgica, Canadá, Chile, China, Colômbia, Coréia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Holanda, Hungria, Índia, Itália, Japão, Malásia, México, Peru, Polônia, Rússia, Suécia e Turquia. A pesquisa completa pode ser conferida no

https://www.ipsos.com/sites/default/files/ct/news/documents/2022-02/Attitudes-towards-single-use-plastics-Feb-2022.pdf.