Receita líquida da Aegea alcança R$ 12 bilhões até setembro
A Aegea Saneamento registrou receita líquida proforma, ou seja, considerando a coligada não consolidada Águas do Rio, de R$ 12 bilhões nos primeiros nove meses de 2024, um aumento de 15,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. O EBITDA atingiu R$ 5,5 bilhões no mesmo período, um crescimento de 28,5% em comparação com os nove primeiros meses de 2023. No terceiro trimestre do ano, as empresas geridas pela Aegea atingiram a marca de 13,6 milhões de economias, um crescimento de 908 mil em relação ao mesmo período do ano passado, resultado da combinação do perfil do portfólio da companhia, que proporciona um crescimento consistente, com as iniciativas de crescimento inorgânico.
No período, a Aegea iniciou as operações da concessão de água e esgoto de Águas de Jaru (RO) e o assinatura do contrato e início das operações assistidas de Águas de Palhoça (SC), além da vitória na PPP de esgoto do Lote 1 da Sanepar (PR) e da concessão de água e esgoto para 224 municípios no Piauí. Essas operações se somam a outras duas também iniciadas em 2024, a Águas de Valadares (MG) e Ambiental Paraná (PR), totalizando 3,4 milhões de pessoas que passarão a receber serviços de saneamento de qualidade, prestados pela Companhia. “Finalizamos mais um trimestre com evolução nos resultados operacionais e financeiros reportados, fruto da melhoria de performance nos ativos geridos pela Companhia. Esse crescimento reflete os investimentos em expansão das redes de cobertura rumo à universalização do saneamento. Nossa jornada tem sido fundamentada na disciplina financeira, na implementação de melhorias operacionais com captura de sinergias e geração de valor para nossos acionistas e stakeholders, impulsionando, desta forma, nosso crescimento de forma sustentável”, afirma André Pires, CFO da Aegea.
Nos últimos doze meses encerrados no terceiro trimestre de 2024, a Aegea investiu R$ 6,1 bilhões, dos quais R$ 5,0 bilhões em CAPEX e R$ 1,1 bilhão no pagamento de outorgas. Para financiar tais aportes, a Aegea realizou seis novas captações no mercado de capitais no valor total de R$ 3,4 bilhões. Dentre elas, destaca-se a emissão de R$ 1,5 bilhão em debêntures de infraestrutura em selo azul para a Corsan, cuja demanda foi o dobro da oferta. Estes esforços resultaram em reconhecimentos importantes e que reforçam o compromisso da empresa em conectar a próxima casa, gerando impacto positivo na vida das pessoas e do meio ambiente. Entre estes, pelo segundo ano consecutivo, a conquista de melhor empresa na categoria “Saneamento e Meio Ambiente” no prêmio Melhores e Maiores, da revista Exame. A Companhia também ficou em 1º lugar na categoria “Água, Saneamento e Serviços Ambientais” no prêmio Valor 1000 e recebeu os prêmios Infraestructure Financing of the Year e Water/Sanitation Financing of the Year, da revista Latin Finance, pela estruturação do financiamento de longo prazo da Águas do Rio.
A Aegea continua a investir e implementar ações preventivas para garantir a segurança operacional, sobretudo no abastecimento de água. Em Manaus, que enfrentou mais um período de seca intensa, a empresa manteve o plano de ação iniciado em 2023, o qual assegura o fornecimento de água mesmo em cenários extremos, com estiagens até 25% mais severas do que as registradas em 2023. Entre os investimentos realizados, as melhorias nas estruturas de captação de água no rio Negro, incluindo a modernização dos sistemas elétricos e hidráulicos e renovação das bombas, além da instalação de bombas flutuantes que podem ser acionadas em situações emergenciais. Na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, a capacidade de produção de água foi ampliada de 1.500 para 1.800 litros por segundo, somando-se a outros investimentos para assegurar o abastecimento no verão, período em que o número de turistas é até três vezes superior à população local.
No Rio de Janeiro, a Aegea concluiu em novembro três anos de operação da Águas do Rio. Neste triênio foram investidos mais de R$ 3,5 bilhões na recuperação de ativos, implantação de novas tecnologias e expansão das redes de abastecimento de água tratada e esgotamento sanitário nos 27 municípios. Em outubro, a companhia finalizou duas importantes etapas que refletem a execução disciplinada do plano de negócios: o pagamento da última parcela da outorga ao estado do Rio de Janeiro, no valor de R$ 3,8 bilhões, encerrando assim todas as obrigações de pagamento contratadas (R$ 15,4 bilhões de outorga) quando venceu a licitação em 2021; e o desembolso de mais R$ 1,7 bilhão de financiamento de longo prazo com o BNDES, dentro do escopo do Project Finance de R$ 25,5 bilhões contratados com BNDES, BID, Proparco e com o Mercado de Capitais, dos quais já foram pagos R$ 15,7 bilhões.
Ainda no Rio, os benefícios dos investimentos realizados nos sistemas de esgotamento sanitário evitaram o despejo irregular de 92 milhões de litros diários de esgoto na Baía de Guanabara e nas praias oceânicas, e a população da capital já usufrui de ecossistemas revitalizados. Como exemplos, a Aegea cita a Prainha da Glória, Ilha de Paquetá e a Praia do Flamengo, que nos últimos meses se consolidou como o novo ponto de encontro dos cariocas. A Aegea acredita que esses resultados impulsionam cada vez a companhia a avançar com o objetivo de reduzir os desafios sanitários no Brasil, promovendo mais saúde, qualidade de vida e recuperação ambiental em novos territórios.