O primeiro Boletim de Alerta Hidrológico da Bacia do Rio Madeira elaborado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) indicou que o rio está abaixo da média para a época do ano e requer atenção, pois deve chegar a níveis mínimos.
Para esse período de estiagem, o rio Madeira deve atingir a cota de 4 metros na segunda quinzena de agosto. No dia 19 de julho, a estação de Porto Velho (RO) registra o nível de 5,48 metros, tendo baixado 11 centímetros nas últimas 24h. A partir da segunda quinzena de agosto, a cota pode atingir patamar em que a navegação passa a ter restrições. A Delegacia Fluvial de Porto Velho passa a adotar restrições quando o rio atinge nível inferior a quatro metros.
Caso a estação chuvosa apresente atraso – além de outubro - a condição de seca poderá se aproximar de anos de estiagem mais severa, a depender também da evolução das chuvas até lá e se o regime da vazante for mais ou menos acelerado. Em 2020, o SGB-CPRM monitorou a pior seca da história, quando o Madeira atingiu 1,58m.
Na segunda semana de julho, o SGB-CPRM viu tendência de redução dos níveis dos rios nas estações da bacia monitoradas, um comportamento normal para o período. Boa parte das bacias monitoradas apresentaram chuvas abaixo da climatologia. Para a última semana de julho estão previstas precipitações abaixo da climatologia no sudoeste da bacia e dentro do normal nas outras áreas da bacia. Para a semana posterior, o modelo meteorológico consultado prevê chuvas dentro da climatologia para a bacia do Madeira como um todo.
O SGB-CPRM atualiza constantemente os dados das estações fluviométricas em cprm.gov.br/sace/madeira, onde também são publicados os boletins de monitoramento. Os dados hidrológicos utilizados nos boletins são provenientes da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN) de responsabilidade da Agência Nacional de Águas (ANA), operada pelo SGB-CPRM.