Segundo a pesquisa "CEO Outlook 2021" da KPMG, dos 133 líderes da indústria de energia entrevistados, cerca de 40% vêem os riscos climáticos como a maior ameaça ao crescimento das organizações. Para 79% dos entrevistados, os líderes globais devem suscitar a urgência necessária na agenda climática. O relatório aponta ainda que mais da metade (63%) dos líderes do setor de energia entrevistados pela KPMG afirmou que a maior parte da pressão com reação às questões ESG é proveniente de investidores e reguladores para aumentar a comunicação e a transparência sobre essas práticas. Quase metade dos líderes entrevistados (27%) indicou os relatórios de ESG como uma prioridade para mensurar e relatar resultados em processos futuros. "Muitas empresas de energia estiveram na vanguarda da transição energética, mas ainda se mostram atrasadas no que se refere a uma matriz energética mais robusta. No entanto, um aumento tão significativo no número de líderes que enxergam a crise ambiental como o maior risco para o crescimento reflete uma inquietação crescente sobre o futuro, à medida que o setor trabalha para se reconstruir e se recuperar", afirma o sócio-líder energia e recursos naturais da KPMG, Anderson Dutra.
Entretanto, o levantamento indicou que 46% dos líderes acreditam que o maior desafio é elaborar uma narrativa de ESG de maneira convincente, e que isso é fundamental para manter os funcionários engajados. Cerca de 55% relataram que a remuneração deles já está associada ao desempenho em ESG. "O estudo apresenta um setor que continua resiliente e focado no crescimento sustentável de longo prazo, apesar de enfrentar um futuro incerto e testemunhar um período de rápida transição. Especificamente, os CEOs de energia mostram um desejo de realizar a transição e investir em ESG, talentos e tecnologia", afirma o sócio-líder do setor de energia e recursos naturais da KPMG, Manuel Fernandes.
De acordo com o relatório, 29% das lideranças consideram o recrutamento e a retenção de funcionários as principais prioridades nos próximos três anos. Além disso, a maioria (86%) dos líderes planeja aumentar o quadro de funcionários no mesmo período. Quase metade (43%) dos entrevistados reconhece o foco na saúde mental e no bem-estar dos funcionários como fator-chave de sucesso para garantir que eles estejam engajados, motivados e produtivos em um mundo onde o trabalho híbrido é cada vez mais comum.
Para impulsionar o crescimento neste período (três anos), 85% dos CEOs vêem a disrupção tecnológica mais como uma oportunidade do que uma ameaça, e 59% planejam participar de consórcios da indústria concentrados no desenvolvimento de tecnologias inovadoras. Quase 40% dos executivos pretendem colaborar com startups inovadoras das áreas de finanças (fintechs), seguros (insurtechs) e saúde (healthtechs).