O leilão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) ocorreu na tarde do dia 30 de abril de 2021e não prevê a privatização da companhia. A concessão dos serviços de saneamento de 35 municípios foram divididos em quatro blocos. A expectativa é de investimentos de R$ 30 bilhões em água e esgoto, que beneficiará 12 milhões de cidadãos fluminenses. As tarifas de água e esgoto não sofrerão aumento real, a não ser o da inflação setorial e os funcionários da Cedae não serão dispensados.
O Consórcio Aegea venceu a concessão para o Bloco 1, ao pagar R$ 8,2 bilhões, com ágio de 103,13% sobre o valor inicial proposto pela Governo do Rio. O bloco 1 engloba Rio de Janeiro (Zona Sul), São Gonçalo, Aperibé, Miracema, Cambuci, Cachoeiras de Macacu, Cantagalo, Casimiro de Abreu, Cordeiro, Duas Barras, Magé, Maricá, Itaocara, Itaboraí, Rio Bonito, S. Sebastião do Alto, Saquarema, S. Francisco de Itabapoana e Tanguá. A Aegea levou também o Bloco 4, formado por Rio de Janeiro (Centro e Zona Norte), Belford Roxo, Duque de Caxias, Japeri, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados e S. João de Meriti. A companhia desembolsou R$ 7,2 bilhões, um ágio de 187,75% sobre o valor de outorga.
Já o Bloco 2, composto por Rio de janeiro (Barra da Tijuca e Jacarepaguá), Miguel Pereira e Paty do Alferes, foi arrematado pelo Consórcio Iguá Projetos por R$ 7,3 bilhões e ágio de 129,68% em relação ao valor inicial.
O Bloco 3, com os municípios Rio de Janeiro (Zona Oeste), Piraí, Rio Claro, Itaguaí, Paracambi, Seropédica e Pinheiral, não teve vencedores, já que não houve propostas. O governador do Rio, Claudio Castro, disse que o leilão mostra a segurança jurídica do estado e o alcance social da iniciativa. “Fizemos a coisa certa na hora certa. Não temos mais tempo a perder”, disse Castro.