Ambiensys e Orizon VR ampliam capacidade

30/06/2022
A Orizon administra doze ecoparques em todo o Brasil e promove a destinação adequada a toneladas de resíduos.

Especializado na gestão global de resíduos e no tratamento de efluentes, o Grupo Ambiensys irá dobrar a capacidade da estação de tratamento de chorume do aterro sanitário dentro do Ecoparque São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A capacidade de tratamento do chorume passará para 500 m³ por dia e será realizada em parceria com a Orizon Valorização de Resíduos, que administra o empreendimento. 

A Orizon administra doze ecoparques em todo o Brasil e promove a destinação adequada a toneladas de resíduos. Além disso, os ecoparques contam com estações de tratamento de efluentes, plantas de captação de biogás com iniciativas de crédito de carbono e tecnologias de reaproveitamento de subprodutos. O Ecoparque de São Gonçalo recebe cerca de 800 mil toneladas anuais de resíduos sólidos urbanos e atende a população de São Gonçalo, Niterói, Maricá e Guapimirim. Juntos, os quatro municípios somam 1,8 milhão de pessoas, o que corresponde a 11% dos 17 milhões de habitantes do estado do Rio de Janeiro. 

O Ecoparque de São Gonçalo já possui um módulo da planta para tratamento do chorume, fruto da parceria anterior entre as duas empresas, construída em 2019 e com capacidade para tratamento de 250 m³ diários. Agora, a capacidade da planta será duplicada com o segundo módulo, chegando a 500 m³ de chorume tratados por dia. A nova planta deverá ser instalada no município fluminense no fim de 2022. “O chorume contamina o solo e os lençóis freáticos em silêncio. Trabalhamos justamente para evitar esse dano, recebendo os resíduos, valorizando o que dele pode ser extraído e tratando esse efluente final, que volta para uso direto nas atividades do ecoparque, como água de reuso”, afirma Milton Pilão, CEO da Orizon VR. 

O projeto utiliza a tecnologia WEHRLE Direct-RO, sistema de osmose reversa desenvolvido pela empresa alemã Wehrle, que no Brasil é representada pelo Grupo Ambiensys. A técnica de osmose reversa promove uma separação física dos contaminantes da água e contribui para que grande parte do chorume seja convertido em água limpa de reuso para fins não potáveis – limpeza e irrigação, por exemplo – e o restante é reintroduzido no aterro, já que a reinserção dos contaminantes pode melhorar a capacidade de produção de biometano do maciço. “Além de tudo, trata-se de uma tecnologia compacta e modular. A planta vem da Alemanha em um contêiner e entra em funcionamento em até um mês após a chegada ao Brasil, dispensando grandes esforços de construção civil e de mão de obra”, comenta o diretor da Wehrle do Brasil, William Padilha.