América Latina pode ser potência em geração até 2030
Um relatório publicado em março pela Global Energy Monitor (GEM) - organização de pesquisa sobre energia limpa, constatou que a América Latina está no caminho certo para ser uma potência na geração de energias renováveis, até 2030. O estudo mostra que o Brasil é o líder nesta expansão, podendo acrescentar, sozinho, 217 GW em capacidade solar e eólica em larga escala.
Para que isto aconteça, novos projetos previstos ou em andamento precisam ser concretizados. Em toda a América Latina, a expectativa é de gerar pelo menos mais 319 GW, um aumento de 460% na produção das energias que têm como fonte o sol e o vento e que, atualmente somam 69 GW em operação (27,6 GW solar, 41,5 GW eólica). Outros países em destaue com produção de energia limpa e com crescimento acelerado são Chile e Colômbia.
Em 2023, o CEO da Solar Vale Energia e Sustentabilidade, Thomas Knoch, recebeu os dados do relatório com satisfação. “As energias renováveis e limpas estão num crescimento contínuo e acelerado, que deve se fortalecer nos próximos anos, por motivos econômicos e climáticos. Um exemplo próximo é o que vem acontecendo no Brasil, onde a fonte solar acumulou recordes em 2022 e se estabeleceu como uma das principais fontes”, afirmou o executivo.
O relatório aponta que, até 2030, o equivalente a bilhão de painéis solares devem estar em operação em projetos de larga escala na região. No mercado brasileiro, a energia solar já alcançou a marca de 26 GW (no fim de fevereiro), conforme informou o Ministério de Minas e Energia - esse valor é uma soma da capacidade gerada pelas usinas de grande porte e os sistemas de geração própria. “Em se tratando de geração de energia solar no Brasil, é preciso destacar que a maior parte da capacidade instalada se refere à Geração Distribuída, que não são os projetos de larga escala, mas as pequenas e médias instalações nos telhados das casas e em comércios, por exemplo”, comenta Thomas.
O Brasil teve um crescimento exponencial da energia solar nos últimos anos, puxado por incentivos legais, econômicos, pelo apelo ecológico e, mais recentemente, pelo Marco Legal da Geração Distribuída (Lei 14.300), que provocou uma corrida pela instalação de sistemas solares, em 2022. “Nós do setor de energia nos sentimos muito orgulhosos de termos de alguma forma contribuído para essas conquistas e estamos esperançosos com as perspectivas de crescimento. Seja através de grandes projetos, ou com a geração própria, o importante é que a energia solar continue a crescer no mundo todo, assim como outras fontes renováveis”, finaliza o CEO da Solar Vale Energia e Sustentabilidade.