ArcelorMittal assina dois contratos para usinas na BA e MG
A ArcelorMittal assinou dois grandes contratos para a instalação de duas plantas de geração de energia solar no Brasil, empreendimentos alinhados aos objetivos de autossuficiência em energia elétrica renovável para suas unidades industriais e descarbonização das operações no País. Os contratos firmados com a Casa dos Ventos e a Atlas Renewable Energy somam R$ 1,6 bilhão em investimentos e dependem da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). “A ArcelorMittal entende que uma economia global de baixo carbono e a mitigação dos impactos das mudanças do clima são fundamentais para um futuro sustentável, e a transição energética é um passo fundamental dentro da nossa estratégia de descarbonização. Além de garantir o suprimento das plantas industriais com fonte própria de energia renovável, os investimentos visam a diversificação da matriz energética, a redução dos custos operacionais e aumento da nossa competitividade”, afirmou Jefferson De Paula, presidente da ArcelorMittal Brasil e CEO da ArcelorMittal Aços Longos e Mineração LATAM. As duas plantas possuem capacidade de geração de 113 MW médios/ano, o que representará 14% do consumo atual de energia elétrica das unidades da ArcelorMittal no Brasil.
Com a Atlas Renewable Energy, o contrato é o primeiro com a ArcelorMittal para produção de energia renovável. O objetivo é construir o Parque Luiz Carlos, de energia solar, em Paracatu (MG), com investimento de R$ 895 milhões, para produzir 69 MW médios/ano e potência instalada de 269 MW. O contrato com a Atlas segue o modelo BOT (Build, Operate and Transfer), no qual se forma uma joint venture durante a construção e, depois de entrar em operação comercial, todo o capital será adquirido pela ArcelorMittal. Todo o volume de energia gerado pela planta será destinado às operações da ArcelorMittal e a expectativa é de que a planta esteja em operação comercial plena em dezembro de 2025. O projeto ainda prevê a instalação de uma linha de transmissão de 65 km, em 500 kV, até o Sistema Interligado Nacional (SIN), subestação elevadora e bay de conexão na subestação Paracatu 4.
Já com a Casa dos Ventos, a ArcelorMittal está criando uma JV para implantação de um projeto de energia solar na mesma área do Complexo eólico Babilônia Centro, ainda em construção, nos municípios de Morro do Chapéu e Várzea Nova, na Bahia. A ArcelorMittal terá participação de capital de 55% e a Casa dos Ventos de 45%. Com investimento aproximado de R$ 690 milhões, a planta possuirá 200 MW de potência instalada e capacidade prevista de geração anual de 44 MW médios (MWm). O parque estará em operação comercial em dezembro de 2025.
As unidades do Grupo ArcelorMittal no Brasil atuam com sistemas de recuperação de calor e/ou reaproveitamento dos gases provenientes dos processos produtivos. As plantas de Tubarão, no município de Serra (ES), e do Pecém, no Ceará, são autossuficientes em energia elétrica e contribuem a para redução da demanda de energia elétrica do sistema elétrico nacional. As unidades do segmento de Aços Longos contam com centrais hidrelétricas que são responsáveis pelo abastecimento de parte da energia consumida pelas plantas industriais. O restante é comprado no mercado em contratos de longo, médio prazos e spot, por meio de uma gestão que busca a ecoeficiência e a competitividade para o negócio.
O esforço de descarbonização da ArcelorMittal tem como uma de suas alavancas a transição energética para fontes renováveis de geração. Em âmbito mundial, a empresa tem como meta ser carbono neutro até 2050 e, como passo intermediário reduzir em 25% suas emissões específicas até 2030. “A entrada no mercado solar reforça esse compromisso da empresa com a liderança do processo de descarbonização”, afirmou Jefferson. O Grupo já investiu cerca de € 300 milhões no desenvolvimento de tecnologias para redução das emissões por meio de seus Centros de Pesquisa e Desenvolvimento. Estima-se que, até 2030, serão mais US$ 10 bilhões investidos nessa jornada. Até 2030, a empresa trabalhará com melhoria dos processos existentes e, depois disso, empregará tecnologias disruptivas que tornarão a ArcelorMittal carbono neutra até 2050.