Energia solar fica mais acessível em 2025, com destaque para regiões Norte e Centro-Oeste

25/07/2025
Queda de preços no segundo trimestre favorece expansão da geração distribuída e consolida tendência de transição energética

No segundo trimestre de 2025, o custo da energia solar residencial no Brasil apresentou queda média de cerca de 3%, segundo o estudo Radar, da Solfácil. Apesar do aumento nos preços dos insumos — como placas e inversores —, a média nacional recuou de R$ 2,53 para R$ 2,46 por watt-pico (Wp), refletindo a estratégia de integradores em absorver custos para manter competitividade.

A composição do ranking estadual revela importantes disparidades regionais. Estados como Rondônia, Roraima e Amapá destacaram-se como os locais com os menores preços por Wp, com valores entre R$ 2,30 e R$ 2,36 — uma queda entre 3% e 15% em comparação ao trimestre anterior. No entanto, o Norte se manteve como a região com o custo médio mais elevado (R$ 2,79/Wp), mesmo após registrar redução, enquanto o Centro-Oeste consolidou-se como a área mais acessível para instalação de sistemas fotovoltaicos.

Esse fenômeno de redução geral de preços ocorre em meio ao contínuo crescimento do setor solar brasileiro, sustentado por maior competitividade e impulso à descarbonização. O país segue ampliando sua capacidade solar instalada: apenas no segmento de geração distribuída, já foram conectados milhões de sistemas e a projeção alcança patamares ainda mais elevados para 2025.

Apesar dos desafios impostos por pressões sobre os custos dos componentes e reformas tributárias em discussão, o atual panorama indica um ambiente favorável ao consumidor e fortalecedor da adoção de energia renovável. A expectativa é que essa tendência propicie maior acesso à energia limpa e torne o Brasil cada vez mais relevante no mapa global da fotovoltaica.