“O Brasil é parte da solução e vamos destacar isso. Estamos ousando com o ABC+. O Brasil vai dobrar a área de incidência de baixo carbono, chegar a 72 milhões de hectares ou o equivalente a dois Reino Unido”, afirma a especialista em Direito Ambiental Samanta Pineda, que está confirmada para os 12 dias da COP-26, em Glasgow, Escócia.
O evento das Nações Unidas sobre mudanças climáticas começou segunda-feira e vai até 12 de novembro. Samanta Pineda, sócia do escritório Pineda & Krahn de Curitiba, estará em dois painéis, um sobre economia e o outro só de mulheres, ambos focados na sustentabilidade.
Ao lado dos biocombustíveis, a produção de baixo carbono será um dos destaques na fala da advogada. Também deve discutir a regulamentação do mercado de carbono com pagamentos feitos pelos grandes poluidores. A conferência climática é considerada a mais importante já realizada para discussão da redução das mudanças climáticas.
Samanta Pineda apresentará as soluções verdes da agricultura nacional e os resultados dessas iniciativas no combate às emissões de poluentes, reforçando a necessidade de financiamento climático para os produtores brasileiros.
A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima começou em 1o de novembro e acontece até dia 12 em Glasgow, na Escócia, país do Reino Unido.
O exemplo brasileiro está ligado ao ABC+, nova versão do plano de Agricultura de Baixo Carbono lançada semana passada pelo Ministério da Agricultura. Samanta Pineda afirma que há grande expectativa para a conferência, que pode regulamentar o mercado internacional de carbono, do qual o Brasil é superavitário.
As mudanças climáticas no Paraná
“Nós temos eventos extremos relacionados ao clima acontecendo. O Paraná tem tido a maior seca dos últimos 50 anos e com certeza as mudanças climáticas têm um papel importante nesse processo. Todas essas questões vão ser debatidas lá em Glasgow”, afirma a advogada ambiental Luiza Furiatti, do mesmo escritóro.
Segundo ela, o Paraná e o Brasil vão apresentar o que vem fazendo para reduzir suas emissões e novas metas. Outros tópicos devem ser o compromisso em combater o desmatamento ilegal e o incentivo às boas práticas agrícolas.
“Com certeza a agricultura vai trazer opções e vai ser beneficiada dentro desse processo, porque tem papel importante não só na produção de alimento, mas também com a produção sustentável que vai ajudar nesse processo de redução de emissões”, esclarece a advogada Luiza Furiatti.