RN vai usar oxigênio verde na indústria do cimento

31/08/2024
A unidade de produção de hidrogênio verde irá atender a fábrica da Mizu e terá capacidade de gerar 1 MW e ofertar 250 toneladas anuais do combustível

O Governo do Rio Grande do Norte, em parceria com a CPFL Energia, empresa do Grupo chinês State Grid, e a Mizu Cimentos, com fábrica localizada no município de Baraúna, adota o hidrogênio verde como combustível para a indústria de cimento em substituição a derivados de petróleo. O contrato para produção e consumo de hidrogênio verde foi assinado dia 22 de agosto, no auditório do Governo, em Natal, pela governadora Fátima Bezerra; pelo CEO da CPFL Energia, Gustavo Estrela, e pelo CEO da Mizu (empresa do grupo Polimix), Roberto de Oliveira. Também assinaram o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico do RN, Sílvio Torquato e o secretário adjunto, Hugo Fonseca.

A unidade de produção de hidrogênio verde irá atender a fábrica da Mizu e terá capacidade de gerar 1 MW e ofertar 250 toneladas anuais do combustível. “Identificamos a indústria do cimento como importante, e, com apoio do Governo do Estado, decidimos investir R$ 43 milhões em uma planta de hidrogênio”, disse Gustavo Estrella, CEO da CPFL. Diretor de Estratégia e Inovação da CPFL, Bruno Monte considerou o contrato um “grande avanço na transição energética”. A CPFL também foi representada pelo presidente do conselho de administração, Daobiao Chen. A planta-piloto deve entrar em operação até 2027.

Para Hugo Fonseca, secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico do governo potiguar, o contrato “fortalece laços comerciais e a mútua cooperação. É um exemplo de como setores público e privado podem promover o desenvolvimento e o crescimento da economia. Pelo seu potencial, o Rio Grande do Norte tem condições de liderar a produção de hidrogênio verde, sendo referência para o Brasil. Temos certeza de que trilhamos o caminho certo para o desenvolvimento econômico e social sustentável”. A Cônsul geral da China, sediada em Recife, Lan Heping, disse que o país quer ampliar as relações comerciais e o Brasil e o Rio Grande do Norte têm grande potencial para negociações bilaterais. “A China valoriza a cooperação com os estados do Nordeste, especialmente o RN, hoje o maior parceiro comercial”.

Roberto de Oliveira, CEO da Mizu, informou que a estrutura da empresa no RN é composta por cinco unidades de produção de concreto, uma usina eólica de 100 megawatts e a fábrica de cimento em Baraúna.