41% da população rural da Bolívia vive sem acesso a água potável
Representantes da Associação Interamericana de Engenharia Sanitária e Ambiental (AIDIS) de diversos países relataram os problemas de saneamento e de gestão de recursos sólidos de seus países e apresentaram soluções para alcançar índices mais sustentáveis durante a IFAT Brasil, Feira Internacional para Água, Esgoto, Drenagem e Soluções em Recuperação de Resíduos, promovida pela Messe Muenchen do Brasil. O presidente da Associação Boliviana de Engenharia Sanitária e Ambiental (APIS), Ronald Baldivieso, relatou que, embora o país participe das três maiores bacias aquíferas da América Latina, possui um déficit anual de água que afeta 14% da população urbana e 41% da população rural, além de ser um dos países com menor capacidade de armazenamento de água do continente, com graves problemas de distribuição equitativa de água entre as regiões do país.
O saneamento básico da Bolívia também é problemático. Nas áreas urbanas, apenas 71% da população tem acesso a água e esgoto, enquanto na área rural o índice é de apenas 45%. Segundo Baldivieso, a estimativa é de que o país atinja 77% dos habitantes da zona urbana e 53% da zona rural em 2025. Já o diretor da divisão técnica de resíduos sólidos (DIRSA) APIS Peru, Marcos Alegre Chang, apresentou um panorama dos resíduos sólidos na América Latina. Segundo dados da Avaliação Regional de Fluxo de Materiais e Resíduos Sólidos Municipais para a América Latina (EVAL) de 2021, cerca de 46% do lixo é depositado em aterros sanitários.