Fecam destina R$ 42 milhões para obras no Complexo da Maré
Sob responsabilidade da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade do Rio de Janeiro, a comunidade Roquete Pinto do Complexo da Maré deve receber em julho 5,9 km de rede coletora de esgoto, duas estações elevatórias, 900 metros de tubulação e 1,9 km de rede de drenagem em um investimento de R$ 42,4 milhões. Os recursos sairão do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam) e o projeto está integrado no Programa de Saneamento Ambiental (PSAM), que beneficiará cerca de 10 mil moradores, promovendo melhorias significativas na qualidade de vida.
Além disso, a iniciativa evitará que 65 litros de esgoto por segundo — volume equivalente a duas piscinas olímpicas — continuem sendo lançados sem tratamento na Baía de Guanabara. Segundo o secretário Bernardo Rossi, essas obras vão melhorar a qualidade ambiental da Baía de Guanabara, e outras intervenções devem ser finalizadas com prazo definido até o final de 2025. O governo estadual também destaca avanços em áreas como Cidade Nova e Manguinhos, que já beneficiaram cerca de 600 mil pessoas. Na Cidade Nova, 4,1 km de troncos coletores passaram a encaminhar 700 litros de esgoto por segundo para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Alegria, evitando o despejo no Canal do Mangue, enquanto em Manguinhos, a nova tubulação de 4,45 km capta cerca de 1.293 litros de esgoto por segundo — volume equivalente a 45 piscinas olímpicas O Programa de Saneamento Ambiental (PSAM) foi criado pela Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade em 2011, com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e tem atualmente como principal fonte de recursos o Fundo Estadual de Conservação Ambiental (Fecam). Inicialmente, o programa atendia apenas municípios no entorno da Baía de Guanabara, mas foi expandido para todo o estado do Rio de Janeiro com o foco de fortalecer a política estadual de saneamento, ampliar o acesso à coleta e tratamento de esgoto e promover a preservação ambiental.