Setor deve ser prioridade para prefeitos em 2025

10/01/2025
Saneamento como prioridade: prefeitos têm papel central na preservação da saúde pública e ambiental

Segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), ano-base 2022, o Brasil trata apenas 52,2% do esgoto produzido, o que corresponde ao despejo de 5.253 piscinas olímpicas de esgoto não tratado diariamente no meio ambiente. Em 2024, o "esgotômetro" do Instituto Trata Brasil estimou que quase 2 milhões de piscinas olímpicas de esgoto foram lançadas na natureza. Embora o Novo Marco Legal do Saneamento estabeleça 2033 como prazo para alcançar a universalização do acesso à água potável (99%) e à coleta e tratamento de esgoto (90%), a ausência de saneamento básico pode provocar surtos de viroses e o aumento do número de praias impróprias para banho, como tem sido constatado no litoral paulista. A expectativa é que com o início dos mandatos dos novos prefeitos municipais em 2025, a melhoria da infraestrutura de saneamento torne-se uma prioridade urgente.

Um estudo do Instituto Trata Brasil aponta que no ritmo atual de evolução, o Brasil só alcançará a meta determinada pelo Marco do Saneamento em 2070, o que representa um atraso de 37 anos. Esse cenário exige que a infraestrutura básica seja tratada como prioridade pelos gestores públicos recém-eleitos.A ausência de saneamento básico contribui para o aumento de doenças gastrointestinais, como viroses e diarreia, impactando a saúde e a qualidade de vida de milhões de brasileiros. Prefeitos recém-eleitos têm um papel decisivo nesse cenário, já que, segundo a Política Nacional de Saneamento Básico, os municípios devem elaborar e implementar Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSB). Esses planos são fundamentais para identificar demandas locais, planejar investimentos e captar recursos”, alerta o estudo.

O saneamento básico é essencial para o desenvolvimento e crescimento sustentável das cidades e impacta áreas como saúde, educação, turismo, valorização imobiliária e renda. Com a oportunidade de novos mandatos em 2025, os gestores municipais têm em mãos a responsabilidade de transformar a infraestrutura de saneamento em prioridade e catalisadora de mudanças significativas para a qualidade de vida da população.