Biosaneamento implementa projetos em comunidades indígenas
A ONG Biosaneamento construiu redes de abastecimento de água, instalou banheiro coletivo separado com esgoto tratado e colocou biodigestores (usados para o tratamento de dejetos de esgotos residenciais em pequenas comunidades) gratuitamente para famílias de baixa renda. Em São Paulo, a comunidade indígena Tekoa Pindo Mirim, instalada no território de 532 hectares, no Pico do Jaraguá, recebeu um dos projetos. A ONG Biosaneamento, em parceria com a Mosaic Fertilizantes, construiu uma cozinha com banheiro e um biodigestor que produz gás a partir do esgoto e lixo orgânico, além de um banheiro coletivo separado com esgoto tratado com um vermifiltro.
De acordo com Luiz Fazio, presidente da ONG Biosaneamento, organização que atua na universalização do saneamento básico, “ocupar uma parte da área indígena que estava desocupada é fundamental para que não seja invadida. Ao salvaguardar as terras indígenas, o Brasil reforça sua responsabilidade ambiental e social, contribuindo para a construção de uma sociedade mais inclusiva, sustentável e respeitosa com a diversidade que constitui a riqueza única do país”, destaca Luiz.
Além de São Paulo, os estados do Rio de Janeiro e Acre também receberam projetos da Biosaneamento impactando mais de dez mil pessoas. Além da instalação do serviço, a ONG acompanha o pós-instalação por no máximo um ano, fazendo a manutenção e orientando os moradores a entenderem os processos. Em alguns casos, órgãos públicos assumem a operação. “E pretendemos ir além desses estados. Estamos buscando a universalização do saneamento básico do Brasil. Para isso, contamos com o apoio de órgãos públicos e parcerias privadas para implementação dos projetos”, afirma o presidente da ONG, Luiz Fázio.
Os projetos têm parcerias público-privadas com empresas como a Unipar, Amazon, Scania e Tigre. “Também temos parceria com prefeituras, secretarias e órgãos públicos, como a Sabesp, que nos convida para projetos onde ela mesma não poderia solucionar o problema encontrado e busca nossa atuação”, destaca Luiz. A Biosaneamento também registra parcerias com organizações do terceiro setor, como a Gerando Falcões, que busca o serviço para soluções de saneamento nos projetos do Favela 3D. Além deste, também já fizemos projetos com a TETO, levando saneamento para comunidades isoladas.
Para promover a educação ambiental junto a crianças e adolescentes, a ONG Biosanemeto desenvolveu um projeto gratuito contendo aulas teóricas e práticas sobre a importância do saneamento básico para alunos de escolas públicas do município de Cajamar, região metropolitana de São Paulo. O objetivo é criar futuras gerações mais preocupadas e conscientes em relação às consequências de ações individuais e coletivas com o meio ambiente. São realizadas atividades prático-pedagógicas de educação ambiental, adaptadas à realidade de cada escola. O projeto incentiva a implantação de uma horta ou jardim sensorial, para que a escola tenha um espaço pedagógico de conscientização ambiental e aproximação das crianças e adolescentes com a natureza.