BNDES E CDB assinam contrato de US$ 500 milhões
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o China Development Bank (CDB) assinaram contrato de empréstimo externo de US$ 500 milhões durante a 15ª Cúpula dos BRICS. “Esta captação com o CDB é mais um passo na direção da diversificação das fontes de recursos para o BNDES, gerando, futuramente, mais emprego e mais renda em nosso País. As captações com organismos internacionais têm papel relevante na retomada dos desembolsos do Banco”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
O BNDES tem empenhado esforços para concretizar tais operações de captação, tanto com parcerias institucionais tradicionais, nas quais já existe um longo histórico de cooperação, como também nas operações com novos parceiros. Os recursos do empréstimo externo terão prazo de pagamento de até três anos e serão utilizados como parte do orçamento de investimentos do BNDES para operações de financiamento nas linhas já disponibilizadas pelo Banco aos clientes finais, o que inclui a promoção do comércio bilateral entre Brasil e China. Dentre os clientes das linhas de financiamento estão empresas privadas e entes públicos que demandam crédito do BNDES. Os investimentos, nas condições previstas nas políticas operacionais do BNDES, poderão ser feitos em diversos setores, como infraestrutura, energia, manufatura, petróleo e gás, agricultura, mineração, saneamento, agenda ESG, mudança climática e desenvolvimento verde, prevenção a epidemias, economia digital, alta tecnologia e gestão municipal, entre outros.
A diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa, disse que o Brasil deve ter a ambição de se tornar uma potência verde. “A parceria entre o BNDES e o CDB vai contribuir para o desenvolvimento e o fortalecimento de setores estratégicos para uma transição ecológica e justa”. Para a diretora de Mercado de Capitais e Finanças Sustentáveis do BNDES, Natália Dias, o novo contrato é um marco na parceria com o CDB. “Esta captação mostra a retomada do relacionamento do ponto de vista de empréstimos com o CDB e demonstra o alto interesse dos países asiáticos em relação a oportunidades no Brasil. Esta operação de US$ 500 milhões é só a primeira etapa de um acordo mais amplo, que prevê uma segunda operação de até US$ 800 milhões”.
Ainda segundo a diretora, a iniciativa tem importante significado para o funding do BNDES, pois a instituição passa por momento de maior abertura com os organismos multilaterais. “Eles passam a ser uma fonte de recursos cada vez mais importante para o BNDES, já que oferecem linhas de longo prazo, com custo competitivo e focadas em setores estratégicos para o Banco, como transição energética e infraestrutura”.