ENGIE Brasil aumenta receita em 4,4% com projetos renováveis
A ENGIE Brasil Energia investiu R$ 9,7 bilhões em 2024, dos quais a maior parte voltado para usinas solares e eólicas, e sistemas de transmissão. O volume foi o maior da história da empresa. Para o ciclo de 2025 a 2027, estão previstos mais de R$ 8,5 bilhões em aportes. A receita operacional líquida ultrapassou os R$ 11,2 bilhões em 2024, um aumento de 4,4%, na comparação com o valor apurado no ano anterior, devido, principalmente, à entrada em operação de projetos em implementação - Conjuntos Eólicos Serra do Assuruá (BA) e Santo Agostinho (RN) e Conjunto Fotovoltaico Assú Sol (RN), além da aquisição de ativos renováveis já operacionais, que mais que compensaram os desinvestimentos realizados ao longo de 2023.
O Ebitda da companhia atingiu R$ 8,7 bilhões, um crescimento de 20,2% em comparação a 2023. Sem esse efeito não recorrente, o Ebitda ajustado foi 1,3% superior ao ano anterior. Já o lucro líquido somou R$ 4,3 bilhões no último ano, um aumento de 25,5% em comparação a 2023, considerando os efeitos do desinvestimento parcial da participação na Transportadora Associada de Gás S.A.– TAG. Sem considerar esses impactos, o lucro líquido ajustado recuou em 1,4%, devido, principalmente, ao aumento das despesas com depreciação e amortização relacionados às novas usinas que ingressaram no portfólio da Companhia. “Nosso planejamento estratégico de longo prazo, aliado à gestão eficiente de um portfólio diversificado e à precificação adequada dos riscos, proporciona estabilidade e previsibilidade aos nossos resultados”, comenta Eduardo Sattamini, diretor-presidente da ENGIE Brasil Energia.
A ENGIE expandiu as operações no último ano e atingiu a marca de 1,2 GW adicionados à capacidade instalada própria, somando 9,6 GW de energia 100% renovável, distribuída em 115 usinas no país. Além da consolidação da operação integral do Conjunto Eólico Santo Agostinho e da aquisição de ativos fotovoltaicos que já estão em operação, o início das operações comerciais do Conjunto Eólico Serra do Assuruá foi antecipado, operacionalizando mais da metade sua capacidade instalada, que atingirá 846 MW. Em paralelo, a Companhia iniciou os testes operacionais do Conjunto Fotovoltaico Assú Sol, que adicionará 752 MW a seu parque gerador em 2025. “Também avançamos na área de transmissão com o arremate do principal lote do segundo leilão promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2024. No certame, conquistamos o Sistema de Transmissão Graúna, que deve reforçar os subsistemas Sul e Sudeste/Centro-oeste do país, com 780 km de extensão, sendo o quinto projeto de transmissão a ser implantado pela Companhia desde que ingressamos no segmento”, pontua Eduardo Takamori, diretor Financeiro e de Relações com Investidores da ENGIE Brasil Energia. Ao todo, a Companhia possui hoje 2.710 km de linhas em operação e outros mil quilômetros do projeto Asa Branca em implantação.
No Mercado Livre de Energia, a ENGIE Brasil Energia cresceu 32% na quantidade de clientes, resultado da estratégia comercial, que inclui desde a digitalização do atendimento à criação de uma força comercial composta por representantes regionais, passando pela simplificação de contratos e ações de marketing assertivas, que busca atender uma gama cada vez mais diversificada e complexa de clientes. O montante total de energia vendida em 2024 chegou aos 36.064 GWh (4.106 MW médios), sem considerar as operações de trading. Esse volume é 0,4% superior ao comercializado no ano de 2023.
Em relação a iniciativas ESG, a ENGIE Brasil recebeu o selo de uma das empresas mais sustentáveis do mundo durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos, ao ser incluída no ranking Global 100 da Corporate Knights. Além disso, passou a integrar o Dow Jones Best-in-Class Emerging Markets, índice mundial sobre sustentabilidade, além de aparecer entre as seis empresas do setor de energia líderes em sustentabilidade no mundo, estando no Top 5% no setor Electric Utilities do Sustainability Yearbook, que considera as notas da Avaliação Global de Sustentabilidade Corporativa (CSA) da S&P Global.
Outra conquista relevante foi a premiação do Programa de Descarbonização dos Fornecedores, que recebeu o Prêmio do Pacto Global Rede Brasil (ONU), na categoria “Guardiões Pelo Clima”, durante a 29ª Conferência do Clima (COP 29). O programa inclui diagnósticos, treinamentos e acesso às oportunidades de transição para uma economia de baixo carbono em toda a cadeia de valor da Companhia. “Estes reconhecimentos são resultados da constante evolução nas nossas políticas, processos e iniciativas com foco na sustentabilidade. Em um contexto global de maior complexidade, em 2024, comprovamos nossa resiliência e disciplina financeira, além de realizarmos o maior volume de investimentos da nossa história, contribuindo com a transição energética e reafirmando o nosso compromisso de longo prazo com o país”, comenta Sattamini.