EUA prometem adesão e doam US$ 50 milhões
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou recentemente durante encontro com o presidente Lula que o governo americano planeja trabalhar com o Congresso para fornecer recursos para programas de proteção e conservação da Amazônia brasileira, o que inclui apoio inicial ao Fundo Amazônia.
O fundo estava paralisado desde 2019 com mais de R$ 3 bilhões em caixa, após decisão do governo Bolsonaro, e foi reativado por decreto do presidente Lula em 1º de janeiro de 2023. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, que participou do encontro em Washington, disse que a participação americana terá efeito catalisador para futuras iniciativas do governo brasileiro na região, além de dar credibilidade e transparência para a pauta da proteção climática no País. Os dois países reconheceram a importância da cooperação nas áreas de combate ao desmatamento e à degradação, reforço da bioeconomia, estímulo à energia limpa, ações de adaptação e práticas agrícolas de baixo carbono. “Ambos os líderes estão determinados a conferir urgente prioridade à crise climática, ao desenvolvimento sustentável e à transição energética. Reconhecem o papel de liderança que o Brasil e os EUA podem desempenhar por meio da cooperação bilateral e multilateral, inclusive no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e do Acordo de Paris”, aponta o documento.
Lula e Biden decidiram também instruir o Grupo de Trabalho de Alto Nível Brasil-EUA sobre Mudança do Clima (GTMC). a voltar a reunir-se com a maior regularidade, com vistas a examinar áreas de cooperação, como combate ao desmatamento e à degradação, reforço da bioeconomia, estímulo à implantação da energia limpa, fortalecimento de ações de adaptação e promoção de práticas agrícolas de baixo carbono.” O aporte inicial dos EUA ao Fundo será de US$ 50 milhões, um valor quase simbólico.