A fabricante de papel-cartão Ibema, em parceria com empresas de coleta de rastreamento de embalagens utilizadas, conseguiu devolver ao processo industrial 11.700 toneladas de aparas em 2020. “Por meio de muita pesquisa, testes e da sintonia com o mercado, nossos produtos que levam material reciclado hoje fecham o ciclo da bioeconomia, desde a floresta até o consumidor e de volta à indústria, com alta rentabilidade”, conta o gerente corporativo de P&D e Novos Negócios da Ibema, Augusto Arns.
Um exemplo positivo da logística reversa é o Ibema Ritagli, papel-cartão reciclado com maior rigidez e performance do mercado, composto por 50% de material reutilizado, sendo 30% aparas pós-consumo, com sustentabilidade, performance e qualidade unidas. Apesar de não ser possível precisar quantas vezes uma mesma fibra é capaz de retornar à produção, na forma de novas embalagens que depois voltam à indústria para serem recicladas, pesquisas mostram que esse número pode ultrapassar os 20 ciclos. “Se o papel tem qualidade para impressão, para o transporte e traz boa apresentação na gôndola com a menor gramatura possível, se gasta menos, temos uma impressão mais rápida, menos consumo de tinta. Simples e sustentável” comenta Arns.
Atualmente, a Ibema trabalha com dois tipos de fibra que não competem entre si, a virgem e a reciclada. E uma precisa da outra para manter o ciclo da sustentabilidade. Em algumas aplicações, é preciso manter a fibra virgem, como para o contato com alimentos. Já onde é possível optar pelo tipo de papel, a empresa oferece muita escolha. Outro caminho trilhado pela Ibema para aproveitar ao máximo as possibilidades da bioeconomia é a pesquisa em novas barreiras que substituam materiais fósseis. É o caso do novo papel Ibema, da família Royal Coppa, com barreira biodegradável, a ser lançado até o fim de 2021.