O projeto USP Sustentabilidade irá reunir diversas unidades e institutos em uma iniciativa conjunta e interdisciplinar inédita a ser lançada oficialmente no 1º Congresso de Cultura e Extensão da Universidade de São Paulo.
As ações serão inauguradas na próxima sexta, 26 de novembro, em um projeto-piloto na Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira, campus Butantã da USP na capital. O espaço será destinado para o desenvolvimento de atividades ecológicas, em formato de laboratório aberto e experimental, e está localizado no Centro de Práticas Esportivas (Cepeusp). As práticas envolvem cultivo sustentável de alimentos em uma horta agroecológica, irrigada com água pluvial e instalada junto a uma composteira e jardim de chuva, além de um meliponário - com abelhas nativas sem ferrão - e o respectivo cultivo de flores para sua alimentação.
O projeto contempla ainda paredes e telhados verdes, uso de energia solar e aproveitamento de resíduos, a partir de estratégias e habilidades que têm como origem experiências e pesquisas desenvolvidas em diversas áreas dentro da própria Universidade. "Cria-se um espaço de experimentação e disseminação dessa cultura de sustentabilidade para o público interno da USP em um local de convívio com diversos grupos da sociedade, visando uma construção conjunta de conhecimentos e repasse de experiências", justifica o professor Antonio Mauro Saraiva, coordenador do Grupo de Estudos em Saúde Planetária do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP.
O USP Sustentabilidade prevê a realização de cursos e disciplinas regulares, além de oficinas para os públicos interno e externo, com temas como meliponicultura, com técnicas de manejo de abelhas sem ferrão, bioconstrução e geração de energia limpa, e também o incentivo à alimentação saudável, com visitas guiadas à horta, preparação culinária e degustação dos vegetais colhidos.
O Cepeusp foi escolhido para a fundação do USP Sustentabilidade devido aos amplos espaços ao ar livre, com incidência de sol e chuva, junto a construções já existentes para abrigar as atividades internas. "É um local de convergência natural da comunidade universitária e de grupos externos variados em busca de uma vida mais saudável e do contato direto com a natureza", destaca Saraiva. A iniciativa, que futuramente deve passar a ser um programa da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU), conta também com a participação da Prefeitura do Campus da Capital (PUSP-C); do Grupo de Estudos de Agricultura Urbana do IEA; Núcleo de Apoio às Atividades de Cultura e Extensão (Nace) Sustentarea da Faculdade de Saúde Pública (FSP); Laboratório de Sustentabilidade (Lassu) e Núcleo de Pesquisas em Redes Elétricas Inteligentes (Naprei) da Poli; Parque de Ciência e Tecnologia (CienTec-USP); além de colaboradores do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG); Instituto de Biociências (IB); Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) e Faculdade de Medicina (FMUSP).