Vale vai aproveitar resíduos em fábrica de cimento sustentável
A Vale informa que está em elaboração um projeto para a instalação de uma unidade de produção de cimento sustentado da Circlua no sudeste do Pará, que utilizará como matéria-prima os resíduos oriundos do Complexo de Carajás.
A Circlua, na qual a Vale investiu em 2022, é uma empresa voltada ao desenvolvimento e à criação de soluções para a indústria de cimento utilizando como insumo os resíduos de mineração, rejeitos e estéril. Entre as frentes de desenvolvimento, destaca-se uma adição cimentícia para ser incorporada à composição do cimento, melhorando sua performance e reduzindo as emissões de CO2 do seu processo de fabricação.
Uma empresa de equipamentos (thyssenkrupp) já foi contratada para fazer a fabricação daquela que deverá ser a maior planta mundial de argila ativada para produção de cimento a partir de rejeitos na mina de Carajás. O projeto da fábrica contará com engenharia da thyssenkrupp Polysius e terá capacidade de três mil toneladas diárias, utilizando tecnologia inovadora que dispensa o clínquer, principal fonte de emissões de CO2 na produção de cimento. A planta, que aproveitará as reservas abundantes de argila de alta qualidade da região, usará energia renovável para calcinação, destacando-se pelo uso da matriz energética brasileira, especialmente hidrelétrica. A iniciativa é definida como um novo padrão para a indústria, ao combinar eficiência tecnológica e neutralidade de carbono.