Jardinópolis e São Simão investem em universalização

29/12/2023
As obras permitirão às cidades atingir 100% no tratamento de esgotos, beneficiando pouco mais 63 mil habitantes

A Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), por meio do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), deu início aos trabalhos de escavação e impermeabilização do solo das áreas que vão receber as lagoas das novas Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) dos municípios de Jardinópolis e São Simão. As obras permitirão às cidades atingir 100% no tratamento, com benefícios ambientais e para a saúde e qualidade de vida, não só dos pouco mais 63 mil habitantes dos dois municípios e dos turistas que frequentam a região, mas de 1,2 milhão de pessoas que vivem em uma bacia que agrega outros 25 municípios.

O prazo estimado para a conclusão das obras é setembro de 2024. Após isso, as estruturas serão operadas pelas prefeituras. As duas estações já tiveram a ordem de serviço emitida, em investimento de R24,5 milhões. “Com essa ação estruturante, estamos avançando na universalização do saneamento de forma consistente, atuando no âmbito da segurança hídrica em uma bacia com grande importância econômica e turística”, avalia a secretária Natália Resende.

Em Jardinópolis, serão investidos R10,4 milhões para beneficiar até 48 mil habitantes. O projeto inclui a construção de uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) capaz de tratar 100% de dejetos da cidade, além de um coletor-tronco de 200 metros, uma estação elevatória, uma linha de recalque com 540 metros e um emissário final de 100 metros. Este último conduzirá o efluente tratado até o córrego Matadouro, afluente do Rio Pardo, proporcionando melhorias significativas para navegação, pesca e lazer na região. 

Já na Estância Turística de São Simão, o investimento será de R14,1 milhões na construção do sistema com capacidade para atender a até 17,5 mil habitantes, além dos cerca de 100 mil turistas que passam anualmente pela cidade. O sistema será formado por uma ETE e mais 3,3 km de coletor tronco (tubulação), três estações elevatórias (de bombeamento) e 250 metros de emissário final. De lá, o efluente 100% tratado é devolvido ao córrego São Simão, que faz parte da bacia hidrográfica do rio Pardo.

Rios Vivos

 

Paralelamente à construção da ETE, o Córrego São Simão vem passando por serviços de limpeza e retirada de sedimentos do fundo do seu canal (desassoreamento) num trecho de 1,8 quilômetro. O serviço melhora o escoamento das águas e minimiza os riscos e efeitos de enchentes. Os trabalhos foram iniciados neste mês e devem estar finalizados no final de janeiro de 2024. A estimativa é que sejam removidos 9,5 mil metros cúbicos de detritos do córrego, o equivalente a uma carga de 550 caminhões basculantes cheios. 

Essa ação faz parte do Programa Rios Vivos – que objetiva revitalizar cursos d’água no Estado de São Paulo - e representa um investimento adicional de R 438,7 mil do governo do Estado. Para participar do Rios Vivos, a prefeitura interessada deve realizar a sua inscrição junto ao DAEE, que efetuará a limpeza. Cabe às administrações municipais providenciar o local de descarte dos resíduos, o licenciamento ambiental, bem como a manutenção do entorno do canal depois da finalização dos trabalhos do DAEE.