Receita líquida cresce 63% e ultrapassa R$ 10 bilhões até setembro
A Aegea Saneamento registrou receita líquida proforma, ou seja, considerando a coligada não consolidada Águas do Rio, de R$ 10,4 bilhões nos primeiros nove meses de 2023, aumento de 63% em relação ao mesmo período do ano anterior. Nas mesmas bases, o EBITDA atingiu R$ 4,3 bilhões, um crescimento de 66% em comparação ao acumulado até setembro.
Nos nove primeiros meses de 2023, as coligadas geridas pela Aegea atingiram a marca de 12 milhões de economias, um crescimento de mais de 60% em relação ao mesmo período do ano passado, e um total de 1.450,3 milhões de m³ de água e esgoto faturados, um aumento de 43% em relação ao ano anterior. O destaque foi a conclusão da estruturação de financiamento de longo prazo da Águas do Rio, em um total de R$ 25,5 bilhões, em prazo de até 28 anos, com fontes de financiamento que incluem o Banco Nacional de Desenvolvimento - BNDES, o Banco Interamericano de Desenvolvimento – BID, a Proparco, o mercado de capitais local e o Programa Saneamento para Todos.
Em 2023, a Aegea desembolsou R$ 10,4 bilhões e novos desembolsos devem ocorrer com a comprovação da execução dos investimentos, financiando, de forma integral, os investimentos da Águas do Rio para todo o período da concessão. A companhia concluiu em outubro a emissão de US$ 500 milhões em Bonds no mercado internacional, no formato de Sustainable and Sustainability-Linked Bonds, com vencimento em 2031. “Finalizamos mais um trimestre com evolução nos resultados operacionais e financeiros reportados, fruto da melhoria de performance nos ativos geridos pela Companhia, além do início da consolidação dos resultados da Corsan. Adicionalmente, em linha com a estratégia de gestão da estrutura de capital e reforçando a disciplina financeira, alongamos o prazo médio do endividamento da Companhia, através dos primeiros desembolsos do financiamento de longo prazo da Águas do Rio e da emissão de bonds no mercado internacional pela Aegea”, afirma André Pires, CFO da Aegea. Nos últimos doze meses, a Aegea investiu R$ 3,4 bilhões por meio das empresas geridas pela companhia, um aumento de mais de R$ 1,7 bilhão em relação ao ano anterior, com prioridade na contratação de mão-de-obra e fornecedores locais.
Em julho, a Aegea concluiu a aquisição da Companhia Riograndense de Saneamento (CORSAN), efetivada pelos veículos de investimento Saneamento Consultoria S.A. (Sanco) e Parsan S.A. (Parsan). A CORSAN opera em 317 municípios gaúchos, atendendo mais de 6 milhões de pessoas. A partir deste trimestre, os resultados da Corsan passaram a ser consolidados nas Demonstrações Financeiras da Aegea. "Além dos investimentos na região, implementamos uma série de intervenções em todos os municípios atendidos pela companhia, além das medidas visando o aumento da eficiência operacional, dentre estas a redução no custo de insumos, especialmente energia, através da migração para o mercado livre”, completa CFO da Aegea.
No dia 27 de outubro, a Aegea, através da controlada Sanco, assinou com a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), contrato de Parceria Público-Privada (PPP) para a prestação dos serviços de esgotamento sanitário em 16 municípios da microrregião do Centro-Litoral do Paraná, beneficiando mais de 670 mil pessoas. Os serviços serão prestados pela nova operação da Aegea: a Ambiental Paraná. Além das PPPs, a Aegea assinou com a Petrobras o contrato de fornecimento de água de reuso para o Gaslub, localizado em Itaboraí (RJ), a partir do tratamento de efluentes da Estação de Tratamento de Esgoto de São Gonçalo, operada pela Águas do Rio. No Brasil, este é o maior projeto de reuso de água em área industrial, que será 100% abastecido por água produzida a partir do esgoto doméstico tratado.