Perdas médias de água atingem 45% nas 100 maiores cidades brasileiras
O Ranking do Saneamento 2025 indica que as perdas médias de água nas 100 maiores cidades brasileiras atingiram 45,43% em 2023, uma piora significativa em relação aos 35,04% computados em 2022. Tal valor é superior à média nacional divulgada no SINISA (2023), que foi de 40,3%. Essas perdas são o volume de água desperdiçado no processo de abastecimento antes de chegar ao consumidor, que pode ocorrer por inúmeros motivos, como, como vazamentos na rede, erros de medição ou consumos não autorizados. Esses desperdícios geram impactos negativos ao meio ambiente, à receita e aos custos de produção das empresas de saneamento, ao elevar o custo do sistema como um todo e prejudicando, em última instância, todos os usuários do serviço de abastecimento.
No Brasil, a definição de nível aceitável de perdas de água foi definida pela Portaria 490/2021, do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), que indica que para um município contar com níveis excelentes de perdas, deve ter no máximo 25% de perdas na distribuição. Entre os 100 municípios considerados, 32 possuem níveis de perdas na distribuição menores que 30%. Outros 26 municípios perdem mais de 45% da água antes de chegar nas residências da população. Os pontos de máximo e mínimo correspondem, respectivamente aos municípios de Maceió (AL), com 71,73%, e Suzano (SP), com 0,88%.
Reduzir as perdas de água é considerado essencial para garantir que mais habitantes tenham acesso ao recurso hídrico, sem sobrecarregar as fontes naturais de abastecimento. Diante de um cenário de mudanças climáticas, onde os desafios para a disponibilidade hídrica nos mananciais se tornam cada vez mais evidentes, a eficiência na gestão da água e o combate ao desperdício são indispensáveis para garantir a segurança hídrica.