Região Sul ganha planta a partir de biogás de aterro sanitário
Formada pela Solví Essencis Ambiental S.A. e pela Arpoador Energia Desenvolvimento de Projetos e Participações Ltda, a Biometano Sul S.A. assinou primeiro contrato de financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para construção de uma planta de produção de biometano a partir de biogás proveniente de aterro sanitário em Minas do Leão (RS), de propriedade da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR), coligada ao Grupo Solví.
Será a maior unidade de biometano do Sul do Brasil, com produção de 66 mil m³ diários e investimento total de aproximadamente R$ 120 milhões, dos quais R$ 99,7 milhões, do BNDES. A expectativa é que a unidade seja inaugurada no segundo semestre de 2024. Este é o primeiro projeto de biometano a partir de resíduos sólidos urbanos a captar recursos do Fundo Clima. “O projeto é um marco para o BNDES, pois usa os recursos do Fundo Clima para uma iniciativa que conjuga transição energética com o aprimoramento da destinação dos resíduos sólidos urbanos”, comenta a diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do Banco, Luciana Costa.
Para Celso Pedroso, CEO da Solví, o projeto integra um pipeline de crescimento da empresa, que prevê a valorização do biogás oriundo de aterros sanitários com a produção de biometano em diversas plantas do Grupo, contribuindo para a gestão sustentável e a circularidade dos resíduos. “O biometano com origem nos aterros é uma excelente fonte de energia alternativa para o combustível fóssil. Além de contribuir diretamente com a mitigação das mudanças climáticas, sendo um combustível de fonte sustentável, menos poluente e acessível”. Já Roberto Faria, presidente da Arpoador, comenta que substituir o combustível fóssil por biometano, um gás natural renovável, promoverá a redução de gases de efeito estufa, além de ser um projeto estratégico para o Rio Grande do Sul que fortalece a sua posição na transição energética brasileira.